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Facebook compartilhará dados com Instagram

Unificação de perfis era esperada desde a compra da rede de fotos


23 de novembro de 2012 - 5h10

O Facebook, segundo comunicado da própria rede reproduzido pela Reuters, deverá propor aos mais de 1 bilhão de usuários a combinação de seus dados com o serviço de compartilhamento de fotos Instragram. Ainda, deve afrouxar as restrições que existem na troca de e-mails entre os assinantes do sistema próprio de e-mails. A rede também, aparentemente, se curvou à opinião pública e deve permitir que os usuários votem e opinem sobre as (muitas e consecutivas) mudanças em suas políticas e termos de serviço.

A intenção da rede social de Mark Zuckerberg com essas flexibilizações é compartilhar informações do próprio Facebook com outras empresas (inclusive da própria rede) para ajudar a fornecer, entender e melhorar os serviços, segundo o comunicado. Uma dessas empresas é justamente o Instagram, adquirido pelo Facebook em abril por US$ 1 bilhão.

Com isso, o Facebook poderia, por exemplo, construir perfis unificados dos próprios usuários, com dados pessoais da própria rede e do Instagram, em iniciativa similar ao que tem feito o Google. Em janeiro deste ano, o Google propôs unificar as informações de seus usuários do Gmail e do Google+ para oferecer uma experiência mais personalizada. Mas, essa atitude provocou reações entre reguladores e defensores da privacidade. Nos EUA, um grupo de advogados alertou em carta ao Google que tal consolidação de informações pessoais poderia colocar os usuários sob o risco de ataque de hackers e ladrões de identidade.

O Facebook, o Google e outras empresas online têm enfrentado pressão crescente dos órgãos reguladores de privacidade sobre como os consumidores confiam quantidades cada vez maiores de informações sobre suas vidas pessoais para serviços web. Em abril, o Facebook estabeleceu taxas de privacidade com a Federal Trade Commission dos EUA, que avaliou que a rede havia enganado os consumidores ao obrigá-los a compartilhar mais informações pessoais do que pretendiam. Segundo o acordo, o Facebook tem que obter o consentimento do usuário para certas mudanças nas configurações de privacidade e, se não o fizer, está sujeito a 20 anos de auditorias independentes.

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