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Mídia

Instagram recua após criar polêmica global

Usuários criticaram apropriação de fotos pela rede social e ameaçaram debandada


19 de dezembro de 2012 - 12h15

O Instagram tem 100 milhões de usuários e provocou uma polêmica global entre essas pessoas ao estabelecer novos termos para o serviço, que vigorariam a partir de 16 de janeiro. O ponto principal desses termos, segundo anunciou a rede, é que ao postar fotos no Instagram, o usuário cederia automaticamente os direitos dessas imagens para o aplicativo. Sem remuneração. O Instagram foi adquirido pelo Facebook em abril deste ano, por US$ 1 bilhão, e estava mais do que previsto que a rede social de Mark Zuckerberg faria algo para começar a remunerar um serviço que, até agora, não é viável financeiramente.

Assim que o Instagram comunicou a mudança via postagem no blog oficial, milhares de usuários começaram a protestar por meio de fotos totalmente negras e também com sugestões de redes alternativas e até mesmo serviços que permitem a migração completa para outras redes equivalentes ao Instagram. A National Geographic , com quase 650 mil seguidores, por conta disso, decidiu suspender novas postagens e encerrar sua conta no Instagram.

Nesta terça-feira, 18, sob o título “Obrigado e estamos ouvindo”, o cofundador do Instagram, Kevin Systrom, postou uma mensagem no blog da rede na qual recua ante tanto barulho. Entre outras explicações, o executivo diz que documentos legais são fáceis de serem mal interpretados e afirma, sobre a publicidade, que, desde o início, o Instagram foi criado para se tornar um negócio. “A publicidade é uma das muitas maneiras que pode tornar o Instagram um negócio autossustentável, mas não o único. Nossa intenção na atualização dos termos foi comunicar que nós gostaríamos de experimentar com publicidade inovadora. Em vez disso, foi interpretado que venderíamos as fotos para outras pessoas, sem qualquer compensação. Isso não é verdade e é erro nosso que essa mensagem esteja confusa. Para ser claro: não é a nossa intenção vender fotos dos usuários”.

Outro ponto é sobre o uso de fotos dos usuários para fazer parte da publicidade das marcas. Diz Systrom: “Não temos planos para fazer algo assim e já cancelamos o ponto que levantou a questão. Nosso principal objetivo é evitar algo como os banners publicitários que você vê em outros aplicativos, o que feriria a experiência do usuário do Instagram”. E completa, sobre os direitos de propriedade: “Os usuários do Instagram são proprietários de seu conteúdo e o Instagram não reivindica nenhum direito de propriedade sobre suas fotos. Nada mudou quanto a isso. Respeitamos suas fotos”.

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