O Globo começa a cobrar pelo acesso online

Bárbara Sacchitiello
16 de setembro de 2013 - 8h15

Nesta segunda-feira, 16, o “muro” de proteção ao conteúdo online – já utilizado por diversos jornais do mundo – também foi erguido no jornal O Globo. Após um longo período de pesquisas, preparação e testes, o título finalmente apresenta seu modelo de cobrança que, mais do que uma versão de paywall, pretende ser um novo conceito de combo de conteúdo oferecido aos assinantes.

Quem acessar o site de O Globo a partir desta data não encontrará nenhuma alteração aparente. Qualquer pessoa poderá, gratuitamente, acessar até 20 links de reportagens, blogs ou colunas. No 20º acesso, o site solicitará o envio de alguns dados pessoais para um cadastro. Feita essa etapa, o usuário ganha mais dez cliques. Ao chegar à 30ª notícia, o acesso é bloqueado e é enviada uma mensagem com o oferecimento das opções de assinatura. No primeiro mês, uma promoção disponibilizará o acesso digital pelo valor de R$ 1,90. O modelo é parecido com o adotado pela Folha de S.Paulo, Zero Hora e outros títulos brasileiros.

Para Marcello Moraes, diretor geral da Infoglobo, a estratégia do paywall tem o propósito de mostrar aos assinantes as conveniências de pagar para ter acesso a um conteúdo mais amplo. Esse “kit” de conteúdo citado pelo executivo será composto por todas as reportagens, textos, fotos, colunas e análises que o jornal oferece, tanto na internet como no papel. Além disso, também entram no “combo” os materiais e serviços adicionais lançados pelo título, como o acervo digital, um canal online que reúne os 88 anos de história do Globo e também a Globo a Mais, a revista eletrônica diária oferecida apenas para tablets. “Iremos também ampliar os serviços de nosso Clube de Assinantes, disponibilizando mais vantagens e itens”, promete.