Assinar

Texto final do Marco Civil traz novidades

Buscar

Texto final do Marco Civil traz novidades

Buscar
Publicidade
Mídia

Texto final do Marco Civil traz novidades

Relator da proposta, Alessandro Molon (PT-RJ) incluiu regras para coibir a espionagem; neutralidade da rede é mantida


6 de novembro de 2013 - 4h25

Com o intuito de coibir a espionagem de dados de usuários brasileiros por empresas de internet estrangeiras, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator da proposta do Marco Civil da Internet, apresentou alterações em seu texto final na última terça-feira, 5. Agora o projeto é tema de uma comissão geral na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 6; só após esta discussão, que conta com a participação de especialistas do setor, ele seguirá para a votação. A previsão é de que ele seja avaliado pelos deputados na próxima semana.

O texto final do projeto inclui novas regras, solicitadas pela presidente Dilma Rousseff depois das denúncias de espionagem do governo dos Estados Unidos envolvendo empresas e autoridades brasileiras. O novo texto prevê que o Poder Executivo, por meio de Decreto, poderá obrigar os “provedores de conexão e de aplicações de internet que exerçam suas atividades de forma organizada, profissional e com finalidades econômicas, a instalarem ou utilizarem estruturas para armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados em território nacional, considerando o porte dos provedores, seu faturamento no Brasil e a amplitude da oferta do serviço ao público brasileiro”. Os provedores também terão que respeitar a legislação brasileira, levando em conta os direitos à privacidade e o sigilo de dados pessoais.

O texto do Marco Civil da Internet indica ainda que provedores de conexão não guardem os registros de acesso a aplicações de internet dos usuários. Já provedores de aplicativos de internet poderão guardar estes dados, desde que isto esteja previsto em contrato com os usuários.

A neutralidade da rede, que é um dos temas do projeto de lei que causa polêmica junto a alguns setores, foi mantida. O texto diz que os provedores de conexão devem “tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem diferenciação por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”. A velocidade do acesso também deve ser a mesma para todos os serviços.

wraps

Publicidade

Compartilhe

Veja também