Reorganização da Abril foca 4 marcas editoriais
Giancarlo Civita, presidente do conselho, diz que grupo discutirá mudanças em 2014, incluindo unidades de logística e educação
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Meio & Mensagem
28 de novembro de 2013 - 10h53
As grandes mudanças no Grupo Abril ainda não acabaram. Em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, Giancarlo Civita, presidente do conselho, dá a entender que a reestruturação iniciada em meados deste ano, poucas semanas após a morte de Roberto Civita, deverão ser ainda mais profundas. “No grupo nós temos mais de 80 empresas. Estamos fazendo uma reestruturação para que essa estrutura fique mais simples, mais limpa, para que seja uma estrutura mais eficiente do ponto de vista fiscal”, diz o presidente.
Na Editora Abril, que ainda representa a maior receita da empresa, o enxugamento estrutural deverá concentrar esforços em quatro unidades capitaneadas pelos títulos Veja, Claudia, Exame e pela família Vejinha. Hoje existem 49 títulos, ligados a 26 diferentes nichos, que deverão ser orientados segundo as marcas citadas – pilares não só na produção de conteúdo impresso e digital, mas também nas áreas de eventos, negócios e e-commerce. Não há, por ora, previsão de cortes de revistas – em agosto, já haviam sido descontinuadas Alfa, Bravo, Gloss e Lola –, mas a concentração de investimentos nas quatro unidades citadas será discutida em reunião do conselho em fevereiro de 2014.
O próximo ano deverá reservar também novidades na DGB, holding do grupo que nasceu da distribuição de suas revistas, mas se tornou uma grande unidade de logística. Segundo Civita, as três marcas que antes cuidavam da área editorial – Dinap, Fernando Chinaglia e Magazine Express – deverão ser fundidas em uma só marca. O outro setor, que realiza entregas abaixo de 30 quilos, também deverá ser reorganizada e receber investimentos, talvez até aquisições. A meta é ganhar mercado de concorrentes como Correios e UPS.
A Abril Educação é uma das unidades que mais cresce no grupo e para auxiliar em sua reorganização foi contratada a consultoria Galeazzi. Para tal, foi projetado um plano de cinco anos que deverá priorizar as áreas de ensino e cursos, que deverá superar as editoras de livros didáticos – hoje o maior faturamento da unidade. A Educação, que possui hoje 17 empresas (entre elas Ática, Scipione, Anglo, Wise Up e Red Balloon), não planeja aquisições em 2014, segundo a reportagem do Valor.
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