Ibope amplia medição de audiência da pay TV

Eliane Pereira
6 de agosto de 2014 - 5h44

Contar e medir toda e qualquer audiência, qualificar a informação sobre os telespectadores e provar a eficiência da TV por assinatura nos resultados dos anunciantes são os três principais desafios da aferição de audiência no meio, segundo o CMO do Ibope Media, Antonio Wanderley, que participou na tarde desta quarta-feira da ABTA 2014 – congresso e feira da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, realizado em São Paulo.

A integração das bases de medição de audiência da TV aberta e paga é a principal novidade do meio nesse quesito e um grande instrumento de vendas. Antes, o Ibope disponibilizava dois painéis para planejamento de mídia em televisão: um para TV aberta, com 15 mercados, e outro para TV por assinatura, abarcando nove mercados.

Com a ampliação da base de coleta da pay TV para as mesmas praças da TV aberta, agências e anunciantes passam a contar com um único PNT (Painel Nacional de Televisão), consolidando as informações de todos os canais.

“Agora a qualificação da informação sobre o consumidor passa a ser o centro; é preciso pensar em todos os canais, nas oportunidades e em como otimizar a entrega de publicidade”, afirmou Wanderley. Os dados desse painel ampliado de audiência de TV cobrem o período iniciado em janeiro deste ano e foram disponibilizados para o mercado a partir de maio. Os próximos passos do Ibope são medir a audiência de conteúdos gravados (e assistidos até sete dias após sua exibição original) e, num segundo momento, aqueles vistos nos serviços on demand.

“Com esse novo painel temos como medir coisas iguais e mostrar a relevância da TV paga, que é uma mídia de massa segmentada”, apontou a diretora de pesquisa e insights da Discovery Networks, Beatriz Melo, citando uma expressão usada por Fábio Freitas, diretor de mídia da F/Nazca, num dos painéis da manhã.
 

Veja também:

– Como tirar os entraves da TV paga?

– TV paga: bom, mas pode melhorar