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Todos querem Silvio Santos

Entenda por qual motivo o apresentador e dono do SBT é tão cobiçado para ser garoto-propaganda de marcas que não sejam do seu grupo


25 de maio de 2015 - 4h38

Quando sondam celebridades para determinadas campanhas, as marcas buscam mais do que visibilidade. Querem alguém que consiga reunir qualidades como aceitação, carreira sólida e nível de confiança, elementos fundamentais para formar a reputação do artista. Com todos esses atributos, o apresentador Silvio Santos frequenta, há anos, o ranking Celebrity DBI, realizado pelo Ibope Repucom, que reúne as personalidades com melhor nível de reputação do Brasil. Juntamente com Silvio, estão Gisele Bündchen, Neymar e Pelé.

A presença de Silvio nesse grupo explica o sonho de muitas marcas de tê-lo como garoto-propaganda. “Celebridades como ele já não precisam estar na mídia todo o tempo. O nível de credibilidade dele faz com que inspire confiança sempre”, diz José Colagrossi, diretor do Ibope Repucom. Segundo Colagrossi, somente ser conhecido não é necessariamente uma virtude. Conta também o nível de interesse que os potenciais clientes de uma marca veem em determinado artista.

A atração que Silvio exerce sobre as marcas ficou clara mais uma vez nos últimos dias. Na última sexta-feira 22, o colunista Flavio Ricco publicou em seu blog a informação de que o apresentador teria recusado uma oferta milionária para ser garoto-propaganda da marca Friboi, do Grupo JBS. O convite, que não foi confirmado nem pelo SBT e nem pela JBS, trouxe novamente à tona a discussão sobre o potencial de Silvio Santos de atrair interesses de grandes marcas.

Não é a primeira vez que isso acontece. Em agosto do ano passado, outra notícia veiculada nos bastidores deu conta de que o site de classificados OLX teria feito uma proposta para que Silvio e sua filha Patricia Abravanel gravassem um comercial da marca. De acordo com o colunista Lauro Jardim, da Veja, o apresentador não aceitou por discordar do valor do cachê.

Ninguém jamais ganhou um ‘sim’ de Silvio, com exceção das marcas que foram premiadas com publicidade espontânea em seu programa. O caso mais emblemático foi o da Netflix, em fevereiro. Silvio não só mencionou que usa o serviço como citou o preço da assinatura e recomendou que seus telespectadores assinassem. O assunto ganhou repercussão internacional e, em resposta a Silvio, o CEO da Netflix, Reed Hastings, retribuiu a gentileza oferecendo uma assinatura vitalícia. Outras empresas até tentaram pegar uma carona, como a LG, que divulgou um vídeo presenteando Sílvio com uma TV ultra HD.

Outra marca que vibrou de alegria por ter sido citada por Silvio foi a rede Walmart. Em entrevista à Veja São Paulo, em fevereiro do ano passado, Silvio, em férias em Orlando, EUA, disse que comprava suas roupas na varejista. Em setembro de 2013, em seu programa Tentação, o apresentador também citou a marca Coca-Cola. O ‘não’ de Silvio não é puro capricho. Sua decisão é calculada. À frente de uma das maiores emissoras do País e, portanto, canal para muitas outras marcas, dar preferência a uma ou outra poderia incomodar e comprometer o faturamento do SBT.

Apesar da baixa possibilidade de Silvio vender algum produto que não os seus, tudo pode se esperar de um apresentador que, aos 84 anos e meio século de televisão, continua gerando notícia. Seja por uma pegadinha com zumbis no metrô, um comentário ousado com suas assistentes ou um elogio aos concorrentes.

Assista abaixo Silvio falando da Netflix e a LG presenteando o apresentador:
 

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