A segunda revolução em vídeo já começou
O Brasil é o segundo maior mercado para o YouTube no que diz respeito ao número de horas de vídeo assistidas
O Brasil é o segundo maior mercado para o YouTube no que diz respeito ao número de horas de vídeo assistidas
Em tempos de criação de conteúdo, vídeo é palavra de ordem. E isso não é de agora. Vídeo já é uma ferramenta utilizada há tempos, pois são didáticos, de fácil consumo, podem ser bem inspiradores e aproximam o usuário da marca. Mas não é só por isso que a produção de conteúdo em vídeo é indispensável.
Em 2020, de acordo com pesquisa da Cisco, 82% do tráfego da internet serão gerados por vídeo e já sabemos que 80% dos usuários preferem assistir conteúdo audiovisual a ler um texto online, por exemplo. Os usuários usam vídeos para aprender a fazer algo, decidir se vão comprar um determinado produto ou não, para entretenimento, informação, educação, entre outros. O Brasil, além de ser o segundo país que mais passa tempo em redes sociais, também é o segundo maior mercado para o YouTube no que diz respeito ao número de horas de vídeo assistidas.
Não nos resta dúvida que o vídeo é, definitivamente, a linguagem das comunidades e, por isso vivemos um momento no qual, a forma de produzir e as opções de formatos crescem cada vez mais, para que as marcas possam se conectar com o seu público.
Mas o grande desafio das marcas é, justamente, entender como criar essa conexão de forma autêntica e eficaz. É necessário entender como usar os dados a favor da produção de conteúdo em vídeo, além de entender como agregar valor ao usuário e, por fim, como se destacar. É preciso, também, entender quem é a comunidade em questão, qual criador de conteúdo melhor se encaixa dentro dos objetivos de marca e tem mais conexão com o usuário, que tipo de conteúdo vai realmente engajar aquelas pessoas e que diferença pode fazer na vida delas.
A produção de conteúdo audiovisual não é uma novidade, porque na primeira era da revolução em vídeo, em 2014, já era possível ver um grande potencial de crescimento, mas se falava no vídeo online apenas como formato. Não existia uma estratégia definida. Existia apenas o desejo de produzir vídeo e estar em plataformas diferentes e, muitas vezes, o conteúdo era o mesmo, apenas reeditado ou até eram pensados conteúdos diferentes para cada plataforma, mas sem conexão entre si.
Cinco anos depois, o consumo em vídeo online cresceu mais de 135%, inaugurando a segunda era da revolução, em que a força do digital em aproximar marcas e consumidores cresce cada vez mais e, agora, o vídeo é visto como estratégia. E faz parte de toda a estratégia de marketing. Segundo a pesquisa State of Video 2018, as marcas já veem o retorno sobre o investimento em produção de vídeo online, percebem o quanto o vídeo dentro de uma estratégia clara, conectada e dentro dos objetivos da marca, engaja, emociona, inspira, possibilita melhorias em produtos e serviços e, de um modo geral, aproxima e abre conversa com os usuários.
Em tempos de pluralidade de plataformas, sai na frente quem cria o conteúdo audiovisual certo para o público certo, no formato certo, na plataforma certa e pensa nas melhores formas de estimular conversas. Em tempo de uso de dados, é preciso enxergar essas informações como aliadas na hora de criar a estratégia e produzir conteúdo. Elas geram insights qualificados que possibilitam focar em detalhes que podem agregar o conteúdo e a produção de forma mais assertiva. Isso gera menos custos, ajuda a definir para quem produzir aquele conteúdo, com qual criador e qual o produto que melhor se conecta com o seu público, entre outros. Além de identificar quais partes daquele vídeo não estão performando e fazer ajustes em tempo real.
A segunda revolução em vídeo já chegou e com ela vem a mudança de mindset. Os dados estão aí para apoiar a criação, a produção e ajudar as marcas a medirem o retorno sobre o seu investimento, porque criar conteúdo em vídeo apenas com base em uma boa ideia não é mais sustentável.
*Crédito da imagem no topo: Ingo Joseph/Pexels
Compartilhe
Veja também
Marcas: a tênue linha entre memória e esquecimento
Tudo o que esquecemos advém do fato de estarmos operando no modo automático da existência
Preço do sucesso
Avanço da inteligência artificial encoraja multinacionais a mudarem políticas de remuneração de agências, mas adoção de success fee esbarra na falta de métricas e na baixa transparência das relações comerciais