Assinar

Por uma sociedade mais colaborativa

Buscar
Publicidade
Opinião

Por uma sociedade mais colaborativa

Se trabalharmos colaborativamente, há mais chances de sermos relevantes e atingir o objetivo do desenvolvimento sustentável


18 de dezembro de 2019 - 14h00

(Crédito: lvcandy/ iStock)

Transformar o mundo em que vivemos e resolver problemas tão complexos como os que enfrentamos não são tarefas fáceis. Mas é preciso começar a agir para superá-los de alguma forma. E dar um passo de cada vez pode, efetivamente, fazer a diferença para encararmos esse desafio de uma sociedade mais colaborativa e sustentável.

Cresce a cada ano o número de empresas que buscam estar alinhadas à agenda de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU e seus 17 objetivos, que devem ser cumpridos até 2030 e têm foco nos três pilares do desenvolvimento sustentável: crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental. Já temos, inclusive, alguns bons exemplos de empresas que começaram a impactar positivamente as comunidades onde estão inseridas, e que merecem atenção especial.

Sabe o que elas têm em comum para terem conseguido ir além do primeiro passo? O engajamento de suas lideranças nos processos; o envolvimento de executivos c-levels e equipes de líderes, em geral, criando uma cultura dentro das empresas. Sim, é fundamental acreditarmos no poder transformador de cada ação que tem esse propósito, por menor que possa parecer.

O universo corporativo deve incorporar os ODS aos seus negócios e as lideranças precisam participar desse processo de valorização do tema. Mas tem que ser verdadeiro para que todos comprem como se fosse seu e assim se torne real. Não adianta ser uma decisão “top down” sem propósito, pois sem a “compra” da causa pelas lideranças, o resultado não aparecerá. As empresas têm que fazer a sua parte e a mudança precisa começar no mindset: mais consciente, inovador e colaborativo; sem isso, não conseguimos passar para toda a cadeia produtiva o quão é importante e que depende de todos nós.

É isso. Para que os objetivos sejam atingidos, temos que atuar e aumentar essa rede de empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável. Como? Certifique-se de que sua rede de parceiros e fornecedores também trabalha com esse propósito! É preciso implantar práticas mais sustentáveis em toda a cadeia. Não adianta estarmos alinhados às metas do pacto global e sermos parceiros de empresas que compactuam com o trabalho infantil, por exemplo.

Devemos nos cercar com contratos em que deixamos claro que não aceitamos determinadas atitudes. E, por meio de treinamentos, mostrarmos aos parceiros que eles também fazem parte do ecossistema e podem ajudar. Sermos líderes multiplicadores, protagonistas que fortaleçam essa responsabilidade socioambiental, inspirando, motivando e engajando cada vez mais pessoas pelo tema.

Não dá mais para esperar que essas medidas tenham origem no poder público. Não podemos só depender do 1º setor, afinal, temos a nossa responsabilidade no ecossistema e, se não começarmos a nos movimentar, não atingiremos os ODS em 2030. A morosidade, aliada à enorme burocracia das instituições públicas, já provou que esse não é o caminho a ser seguido.

Estamos entrando em uma nova era, guiada pela economia colaborativa, em que as empresas se unem para somar esforços, competências e talentos em prol da realização de projetos abrangentes que garantam a sustentabilidade de seus negócios. Da mesma maneira, é possível que elas se unam em busca das transformações que impactarão a nossa sociedade.

A mudança de mentalidade e comportamento não acontece da noite para o dia; é um trabalho contínuo de conscientização e incentivo às boas ações. É hora de cada um começar a fazer sua parte para que esse impacto seja positivo. Sozinhos, temos limites, mas, se trabalharmos colaborativamente, há mais chances de sermos relevantes e impactarmos a sociedade para atingir o objetivo do desenvolvimento sustentável, que é nosso!

*Crédito da foto no topo: Reprodução

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Marcas: a tênue linha entre memória e esquecimento

    Tudo o que esquecemos advém do fato de estarmos operando no modo automático da existência

  • Preço do sucesso

    Avanço da inteligência artificial encoraja multinacionais a mudarem políticas de remuneração de agências, mas adoção de success fee esbarra na falta de métricas e na baixa transparência das relações comerciais