O brand experience na era multiverso gerando dados
Toda uma época de ações ficou para trás, mas uma nova se apresenta para ser testada
O brand experience na era multiverso gerando dados
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A experiência é insubstituível. Sabemos que se trata de algo único, não importa a maneira que ela se apresente. Durante muito tempo a compreendemos – a experiência – como algo possível de acontecer apenas presencialmente, e deixamos de considerar o fato de que o contexto ao redor também impacta em nossos sentidos e reproduz essa vivência.
Definindo-a melhor, eu diria que experiência é qualquer conhecimento obtido por meio das sensações, independentemente do universo habitado ou explorado.
Quando levamos a experiência para o campo das marcas, algumas coisas ficaram para trás, toda uma época de ações, e uma nova era absolutamente desconhecida se apresenta para ser descoberta e testada. São exponenciais possibilidades nesse novo mundo que chamo de “Era Multiverso” — a compreensão da existência de uma pluralidade de universos coexistindo e criados para explorar todos os sentidos.
Para enxergar essa fusão de universos, olhamos para a audição. Peguemos como exemplo os podcasts, um formato existente há alguns anos, e que só agora se torna protagonista. Um conteúdo muito menos invasivo, não nos exige horários determinados na agenda e tem duração flexível, além de nos permitir realizar outras atividades concomitantemente. Apesar de não ser novidade, transformou-se em um fenômeno de audiência — consequência da adequação perfeita à realidade de nosso cotidiano atual, uma estratégia sorrateira na qual se infiltraram em nossas vidas.
Uma pesquisa divulgada recentemente pela plataforma Deezer mostra que o consumo de podcasts cresceu 67% só neste ano no Brasil. A adesão aqui tem sido maior do que na França e na Alemanha, por exemplo. Além disso, dentre os ouvintes brasileiros, 25% consomem mais de uma hora de podcast por dia. E este é apenas um exemplo de potencialização na exploração do conteúdo através do sentido auditivo, já presente na estratégia de diversas marcas.
Ampliando a conversa para as sensações visuais, temos infinitas possibilidades para atividades virtuais imersivas, que lançam mão das ferramentas mais tecnológicas como a realidade virtual e a aumentada. Mais do que amplificar as possibilidades de interagir com novos conteúdos, essas inovações ajudam na gamificação de plataformas virtuais programadas, desenvolvidas com linguagem atrativa e apropriada.
A gamificação de plataformas é a grande aliada das atividades visuais, não apenas para a geração inicial de interesse dos usuários, mas para a manutenção da atenção desta audiência e seu engajamento, prendendo-a por mais tempo e consequentemente provocando a geração de dados mais específicos.
Esta é a grande mudança do Brand Experience. Até há pouco tempo, ele era visto apenas como uma atividade de marketing subjetiva, e de difícil concatenação de resultados práticos e mensuráveis. Evoluímos e hoje vivemos uma nova realidade, a Data Brand Experience, ecossistema responsável por aproximar a emoção da razão, e fazer com que o analytics seja o tradutor central para os sentidos.
A geração e interpretação de dados, dessa nova era, vai além da coleta tradicional das informações. Ela é a combinação do aprendizado das atividades, comportamentos e interações do público, trazendo um panorama abrangente para que empresas e marcas possam tomar as melhores decisões, sem esquecer do poder de encantamento que só o Brand Experience é capaz de alcançar.
As atividades presenciais voltarão, sem dúvida, e encontrarão um cenário novo e absolutamente compatível a uma combinação explosiva, oferecendo um nível de convergência experiencial como jamais vimos. É o Brand Experience a serviço da estratégia das marcas, amplificando possibilidades e resultados. Agora, é só agir para se arrepiar e se surpreender.
*Crédito da foto no topo: pexels-francesco-ungaro-281260
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