Fóruns neutros são ideais para a construção das pontes para o futuro-presente
Nos ambientes da autorregulação são conjuntamente desenvolvidas soluções de melhor prática. Não há obrigações, há compromissos
Fóruns neutros são ideais para a construção das pontes para o futuro-presente
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Um dos indicativos da maturidade de uma sociedade democrática é a existência de entidades civis privadas, criadas e mantidas por pessoas e empresas. Quanto mais abundantes, sólidas e tradicionais forem as entidades civis, mais provável que se tenha uma democracia saudável, na qual os cidadãos possam debater livremente seus problemas, expor seus anseios, contribuir para a formulação e defesa de interesses, promovendo a convergência e a promoção do bem-estar, prescindindo ou aliviando as entidades oficiais, às quais certamente não faltam desafios a enfrentar.
Nós, publicitários, sabemos bem o valor das entidades civis e as cultivamos com afinco, atenção e maturidade cidadã há mais de 60. Além disso, desenvolvemos – como talvez nenhum outro segmento da economia – a instituição da autorregulação, a começar por nosso Código de Ética, de 1957, base da legislação sancionada nos anos 1960, tornando possível à publicidade brasileira se projetar de forma exponencial e tornar-se uma referência planetária.
Pautas comuns aglutinaram as diversas representações em ambientes de autorregulação desde 1978, com o Conar, e, em 1998, com o Cenp, tendo ambas como fundadoras e dirigentes outras entidades do mercado, unindo anunciantes, agências e meios de comunicação num círculo virtuoso. Nossos desafios de ética referentes aos conteúdos publicitários e às relações comerciais são lealmente discutidos e solucionados em torno das mesas neutras destas entidades que não têm lado, pois é nelas que “os lados” se encontram.
Nem sempre pessoas de fora da publicidade entendem o porquê do sucesso da nossa autorregulação. Não é nenhum segredo: é a disposição dos elos do mercado – anunciantes, agências, meios e prestadores de serviço – em criarem e apostarem em fóruns próprios para discutirem os seus interesses e resolverem as suas divergências.
“Mas por que fazem isso, se não há leis nem nada que os obriguem?”, é uma reflexão que habita a mente de muitos. Ora, a maturidade e a responsabilidade dos dirigentes de um setor tão importante para a economia e a sociedade democrática, como demonstrado pelo estudo da Deloitte (https://bit.ly/3jhXULe), nos levou a compreender que nós, publicitários, reunimos as melhores condições para resolver nossos desafios do que o Estado.
Há inúmeros registros que confirmam que temos muito a ganhar optando por discussões e entendimentos em fóruns da própria publicidade, sem escalar os problemas para instâncias do Executivo, Legislativo e Judiciário, nas quais a publicidade raramente é uma prioridade e nas quais a tecnicidade própria da atividade é menos conhecida.
Nos ambientes da autorregulação são conjuntamente desenvolvidas soluções de melhor prática. Não há obrigações, há compromissos! Compromissos com a qualidade, o desenvolvimento profissional, a aplicação intensiva da técnica, e acima de tudo, com o respeito a cada parte e à sociedade.
Poucos compreendem, porém, as diferenças entre as entidades de autorregulação e aquelas de setor que as compõem e mantêm – e isso é muito importante. Como pouco se fala disso, vale esclarecer que tanto o Conar como o Cenp são formados por líderes das diversas entidades da publicidade, e isso significa que, quem não está nestas mesas neutras, ou mesmo diverge das soluções e recomendações de melhor prática geradas coletivamente nestes ambientes, está deixando de conversar e está divergindo de todas as entidades ali congregadas. O Cenp, por exemplo, é hoje um hub de 19 entidades e há espaço para mais.
As portas sempre estão abertas, os ambientes são democráticos e respeitosos e reúnem centenas de líderes voluntários que dedicam tempo, inteligência, sabedoria e conhecimento em favor de todo o mercado.
A história, no final do dia, é feita por quem faz. Faça parte!
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