Como, onde e quando anunciar: os dilemas das marcas para serem notadas às portas do Natal
É muito importante destacar este ponto: tanto os influenciadores como os e-commerces trazem a conveniência e a relevância!
Como, onde e quando anunciar: os dilemas das marcas para serem notadas às portas do Natal
BuscarComo, onde e quando anunciar: os dilemas das marcas para serem notadas às portas do Natal
BuscarÉ muito importante destacar este ponto: tanto os influenciadores como os e-commerces trazem a conveniência e a relevância!
Na 3ª edição do estudo sobre Media Reactions da Kantar, foram entrevistados mais de 18 mil consumidores e mais de 1 mil profissionais de marketing de nível sênior entre os dias 10 de junho e 22 de julho de 2022 em 29 mercados pelo mundo.
No Brasil, as entrevistas foram aplicadas em 625 pessoas entre 16 e 65 anos de 3 a 6 de maio deste ano, e 24 marcas foram avaliadas – sendo 10 offline (Band, CNN, Estadão, Folha de S. Paulo, Globo, Multishow, Record, SBT, SporTV e TNT) e 14 online (Amazon, Facebook, globo.com, Globoplay, Google, Instagram, Mercado Livre, Pinterest, Spotify, TikTok, Twich, Twitter, UOL e YouTube).
Dentre os vários resultados apontados (que servirão de linha mestra para as marcas definirem suas estratégias de campanha para o Natal), um dos que mais chamou a minha atenção (de profissional de digital há décadas) é o fato de que os consumidores ainda hoje são mais receptivos à publicidade em mídias offline do que online: o ponto de contato mais receptivo é o de eventos patrocinados seguido por anúncios em revistas (#2), jornais (#3), ponto de venda (#4) e cinema (#5).
Talvez o fato da pesquisa ser feita com pessoas entre 16 e 65 anos tenha direcionado o resultado. Explico: os nativos digitais (nascidos a partir de 1995) têm no máximo 27 anos. Assim, esse público representa um volume menor no universo de pessoas entrevistadas e o público “nascido no milênio passado” puxa a média no sentido de preferência pela publicidade off, que é uma mídia muito bem estabelecida e traz consigo o conforto e o “quentinho no coração” gerado pelos hábitos mais arraigados. Certamente ninguém quer ter seus espaços (físicos ou digitais) invadidos. Mas esse é o grande desafio do marketing, entregar a informação e o conteúdo com relevância, no exato momento em que as pessoas querem e estão prontas para recebê-lo. É por isso que a Maura Coracini, dentro das conclusões da pesquisa, diz que vai ser preciso “garantir campanhas mais eficientes e relevantes, (…) e com conteúdo significativo e customizado para suas audiências”.
Em aparente contraste com a pesquisa, a maior parte dos profissionais de marketing na América Latina declararam que pretendem aumentar os investimentos em mídias digitais. Nestas mídias, o TikTok se destaca como a marca mais cobiçada pelos profissionais de marketing em intenção de aumentar os investimentos no próximo ano. No ambiente digital, a pesquisa mostra que os shoppers estão mais dispostos na recepção de publicidade por conteúdo de influenciadores, seguido por anúncios em e-commerce.
É muito importante destacar este ponto: tanto os influenciadores como os e-commerces trazem a conveniência e a relevância! Os influenciadores falam diretamente com seu público, desenvolvendo credibilidade dentro dos seus respectivos nichos. Por isso o ‘publi’ dos influenciadores é de grande interesse para os seus seguidores. E no universo dos influenciadores, o TikTok é o canal queridinho da vez. Da mesma forma, os anúncios e conteúdos bem-feitos nos e-commerces garantem uma informação altamente relevante num momento no qual as pessoas estão prontas para recebê-la. Bingo!
Num ano de tanta expectativa para que o Natal ajude a nos recuperar do tombo da economia em 2020 e sua tênue retomada em 2021 (somados, o aumento do PIB não passa de 0,5% no biênio), quem estiver mais alerta ao seu shopper e se utilizar das melhores estratégias de comunicação sai na frente, tanto no seu coração quanto possivelmente nas suas escolhas de consumo.
Compartilhe
Veja também
Intermediação em queda
Volume global de publicidade cresce mais rápido que faturamento das holdings de agências e, pela primeira vez, investimento intermediado pelos grandes grupos nos EUA é igual ao feito direto pelos anunciantes
A mídia estrábica e o poder das big techs
Empresas intermediárias conseguiram dominar as cartas do jogo quando investiram em tecnologia e passaram a entender o perfil das audiências