Internet das Coisas: o que é, como funciona e como é utilizada
A internet das coisas (IoT) será cada vez mais utilizada nas empresas. Descubra seus benefícios e saiba como ela pode impactar no marketing digital!
Internet das Coisas: o que é, como funciona e como é utilizada
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Meio & Mensagem
18 de outubro de 2022 - 8h00
Atualmente, muito se fala sobre internet das coisas, mas poucos sabem o que é e como ela influencia o marketing digital. Será que essa tecnologia realmente mudará o futuro?
Segundo pesquisa da Statista, até 2023 o mercado IoT movimentará US$ 32 bilhões na América Latina. Além disso, entre 2018 e 2025, o número de conexões IoT na América Latina deverá crescer de 526 milhões para 1,3 bilhão.
Os dados evidenciam que esse modelo de tecnologia não pode mais ser visto como uma tendência, mas como uma realidade que estará cada vez mais presente em nosso dia a dia.
Logo, é preciso entender o que é, afinal, a internet das coisas e quais seus benefícios para as empresas.
A internet das coisas, ou Internet of Things (IoT), é um sistema de dispositivos e sensores interconectados que coletam e compartilham dados.
Ao conectar esses dispositivos à internet, empresas e indivíduos podem coletar e analisar grandes quantidades de dados para obter insights sobre tendências e padrões.
Esse tipo de conexão pode ser feita com os mais diversos dispositivos, desde objetos do cotidiano, como cafeteiras, lâmpadas e smartphones, até a sistemas mais complexos, como máquinas e veículos industriais.
Essa tecnologia permite que objetos se comuniquem e troquem informações. Por exemplo, um fabricante pode usar sensores IoT para rastrear o desempenho de seus produtos em campo ou uma cidade pode usar semáforos interconectados para reduzir o congestionamento.
As possibilidades são infinitas, e a tecnologia está transformando indústrias que vão da agricultura ao marketing. À medida que mais empresas e organizações adotam o sistema, o potencial para mais inovação e crescimento é imenso.
Ainda que apareça um conceito novo, o termo IoT existe há muitos anos. Sua primeira menção foi em 1999, pelo cientista Kevin Ashton, que criou a expressão para descrever a rede que conecta objetos do mundo físico à internet.
No entanto, foi apenas recentemente que a tecnologia necessária para torná-lo realidade se tornou disponível, como é o caso da conectividade sem fio. A conexão wireless permite que os dispositivos se conectem à internet sem a necessidade de cabos ou fios.
Com a chegada do 5G, o momento é ainda mais favorável para ampliar a adesão e as possibilidades da IoT.
Isso é possível porque o 5G é capaz de transmitir mais dados e realizar ainda mais conexões. Tudo isso de forma instantânea, automática e sem delay, além de alcançar uma velocidade muito maior.
Além disso, os avanços em sensores e poder de computação possibilitaram que até mesmo objetos mais simples se conectem à internet e coletem dados.
Um bom exemplo é o smartphone. Por meio de diversos sensores instalados em sua estrutura, é possível identificar localização, temperatura, movimentos, pressão, umidade e muito mais.
Isso evidencia que a internet das coisas está revolucionando não apenas a indústria, mas também a maneira como interagimos com o mundo ao nosso redor.
Como vimos, a internet das coisas é um sistema de dispositivos e sensores interconectados que podem coletar e compartilhar dados.
Ou seja, cada dispositivo é equipado com uma tecnologia que está conectada à internet — como um sensor, chip ou software —, o que permite trocar informações com outros dispositivos.
Já os dados coletados pelos dispositivos podem ser usados para monitorar e controlar o ambiente, identificar tendências, melhorar a eficiência operacional, entre outras funções.
Por exemplo, uma empresa de energia que utiliza dispositivos IoT para coletar dados sobre consumo energético em suas operações conseguirá utilizar essas informações para otimizar sua rede elétrica.
Já um e-commerce com acesso a essa tecnologia é capaz de entender melhor o fluxo de compra dos seus clientes para, então, otimizar o layout da loja para promover uma melhor experiência aos visitantes do site.
Já uma rede de transportadoras podem se beneficiar com esse sistema ao utilizá-lo para acompanhar a manutenção de veículos, rastrear entregas e otimizar rotas.
Por meio da IoT, é possível integrar o mundo real com o virtual para conectar ainda mais as pessoas à tecnologia. Essa conexão, por sua vez, é capaz de transformar tanto o dia a dia da sociedade, quanto a rotina de empresas de todos os nichos e portes.
Vamos focar nas organizações. No ambiente empresarial e industrial, há vários benefícios potenciais, desde maior eficiência produtiva e redução de custos até ao desenvolvimento de novas estratégias e ganho de vantagens competitivas.
Por exemplo, ao instalar sensores e dispositivos de rastreamento em equipamentos e produtos, as empresas conseguem coletar dados em tempo real que podem ser usados para melhorar as operações.
No setor de varejo, há a possibilidade de usá-la para fornecer serviços e ofertas personalizadas aos clientes, enquanto no setor de manufatura pode ser aplicada no rastreamento de níveis de estoque e monitoramento de processos de produção.
Logo, a importância dessa tecnologia gira em torno das possibilidades e dos benefícios que proporciona às empresas e à sociedade. E muitas organizações já perceberam isso!
Uma votação feita pela IOTSnapshot2022 revelou que 47% das empresas na América Latina estão em processo de implementação de IoT, enquanto 35% planejam investir em projetos com essa tecnologia ainda este ano.
A internet das coisas também tem grande potencial no marketing digital e pode ser aplicada para rastrear o comportamento do consumidor, personalizar mensagens e até direcionar anúncios.
Além disso, é capaz de fornecer aos profissionais um feedback em tempo real sobre suas campanhas. Essas informações podem ser usadas para melhorar futuras estratégias e, assim, conquistar melhores resultados.
Outro impacto positivo é que ajuda empresas a terem acesso a uma variedade maior de estatísticas comportamentais. A partir daí, é possível melhorar a compreensão do público-alvo para criar campanhas mais eficazes.
Por exemplo, dados de uma geladeira inteligente podem ser compartilhados para supermercados, que poderão usar essas informações para enviar promoções personalizadas ao cliente de acordo com os produtos que estão faltando em sua casa.
A internet das coisas é uma tecnologia com muito potencial para as empresas, pois permite monitorar o ambiente, identificar tendências, melhorar a eficiência produtiva, reduzir custos e aprimorar o atendimento ao cliente. Entenda mais a seguir:
Ao conectar dispositivos e coletar dados, é possível obter informações sobre o desempenho dos colaboradores e identificar áreas que precisam de melhorias.
Por exemplo, se uma linha de produção costuma parar regularmente devido à falta de matérias-primas, a IoT pode ser usada para monitorar os níveis de estoque e emitir um alerta quando os recursos estiverem próximos de acabar.
Isso significa que será possível evitar a inatividade e aumentar a eficiência operacional.
Já em relação ao desempenho dos colaboradores, permite monitorar melhor a capacidade de produção e realização de tarefas para evitar ociosidade ou sobrecargas de demandas que geram atrasos.
Na era do big data, a internet das coisas oferece às empresas uma grande vantagem competitiva, pois possibilita coletar uma grande quantidade de dados sobre o ambiente interno e externo das organizações.
Ao analisar esses dados, é possível descobrir padrões e insights valiosos sobre o comportamento do consumidor, surgimento de tendências, eficiência de campanhas de marketing e muito mais.
Com essas informações em mãos, fica mais fácil tomar as melhores decisões e otimizar processos e operações.
Os equipamentos conectados à internet podem ser controlados remotamente, o que permite monitorar e gerenciar a produção, sem precisar alocar funcionários.
Além disso, os dispositivos podem ser configurados para coletar dados sobre seu próprio desempenho, o que permite identificar problemas e tomar medidas para resolvê-los.
Somado a isso, ainda é possível automatizar tarefas e processos, o que contribui para a redução de custos.
Além disso, a internet das coisas pode ser usada para criar novas soluções, produtos ou serviços para o público-alvo, além de oferecer experiências diferenciadas aos clientes a partir de análises comportamentais.
Também é possível conectar-se aos clientes de forma mais próxima e personalizada, o que contribui para a criação de relacionamentos mais fortes e duradouros.
Essa tecnologia ainda gera impactos positivos para o meio ambiente. Por exemplo, ao ser usada para reduzir o consumo de energia desligando automaticamente luzes e dispositivos quando não estão em utilização.
Além disso, ajuda empresas a gerenciarem seus recursos com mais eficiência e reduzirem o desperdício de matéria-prima. Esse aspecto é especialmente importante nesse momento em que enfrentamos escassez de materiais e desperdício generalizado.
Inúmeras marcas já aproveitam essa tecnologia para criar novos produtos e serviços inovadores ou mesmo para melhorar suas operações. Confira alguns exemplos abaixo:
A Coca-Cola já utiliza IoT em inúmeras frentes, desde gerenciamento da cadeia de suprimentos, no atendimento ao cliente e até para criação de novos sabores de refrigerantes.
Inclusive, a marca prova que o conceito não é tão novo quanto muitos imaginam, pois a empresa adotou essa tecnologia em 1982, quando conectou uma máquina de venda automática à internet.
Hoje, um terço de suas máquinas de vendas estão online e os dados são utilizados para identificar a quantidade de produtos disponíveis e as bebidas mais vendidas.
Por meio da internet das coisas e inteligência artificial, a Tesla tem criado carros autônomos. Basta digitar o destino e apertar start, que o veículo leva o passageiro ao local desejado.
Além disso, os modelos são capazes até mesmo de analisar e prever o comportamento de seus donos.
Além desse recurso, a empresa especializada na criação de carros elétricos também usa a conexão com a internet para que o motorista tenha acesso a músicas, filmes, detalhes de tráfego, atualizações de sistema, etc.
E por meio de um aplicativo próprio, ainda é possível controlar o automóvel a distância, desde acionar luzes e até operar o carro.
Outro exemplo é a Nest, empresa que desenvolve detectores de fumaça e os termostatos que são integrados a smartphones através de aplicativos próprios.
A partir dessa interconexão, o usuário pode controlar a temperatura do lugar de forma automática. O aparelho consegue até mesmo identificar a hora que o morador costuma sair e chegar em casa para realizar as adequações necessárias.
Já o detector de fumaça utiliza luzes, mensagens de voz e notificações para comunicar sobre identificação de fumaça, aumento brusco de temperatura ou presença de gases perigosos.
A Apple usa a tecnologia IoT em seus produtos há muitos anos. A assistente de voz Siri, por exemplo, depende da conexão com a internet para funcionar.
O iPhone e o iPad possuem diversos recursos que fazem uso desse tipo de tecnologia, como a capacidade de rastrear dados de condicionamento físico e monitorar dispositivos de automação residencial.
Até o Apple Watch é baseado em IoT, pois permite que os usuários permaneçam conectados a seus dispositivos digitais mesmo sem o iPhone.
A internet das coisas refere-se à interconexão digital entre objetos com a internet. Essa tecnologia está sendo cada vez mais utilizada nas empresas, tanto para a criação de produtos ou serviços, quanto para otimizar as operações.
Os benefícios da IoT são diversos, como redução de custos, aumento de produtividade e melhora do relacionamento com o cliente.
Além disso, essa solução também impacta positivamente no marketing digital, pois permite maior conhecimento sobre o público-alvo e melhora na interação com o cliente. Essas ações contribuem para a criação de estratégias mais eficientes e promovem a fidelização.
Com o constante avanço tecnológico e a chegada do 5G, certamente veremos cada vez mais aplicações da internet das coisas nos mais diversos nichos de mercado.
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