Black Friday: soluções tecnológicas aplicadas ao varejo
Com o aumento das compras online, hábitos de consumo impulsionam mudanças no atendimento das marcas
Black Friday: soluções tecnológicas aplicadas ao varejo
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Caio Fulgêncio
24 de outubro de 2022 - 6h03
A Black Friday, que acontece, tradicionalmente, na última sexta-feira de novembro, é uma das principais datas do ano para o varejo. Apesar disso, o evento representa uma série de desafios para as marcas, que lidam com hábitos de consumo tecnológicos e imediatistas. É nesse contexto que surgem diversas empresas focadas em criar soluções para responder à expansão da automatização ocorrida nos últimos anos.
Uma das principais mudanças no comportamento dos consumidores, sobretudo pós-pandemia da Covid-19, diz respeito à necessidade de comunicação em múltiplos canais. Jefferson Araújo, CEO da Showkase, plataforma de gestão de loja voltada ao social commerce, acredita que o futuro é a mistura desses pontos de contato, seja na ampliação dos canais de venda, seja no relacionamento entre vendedores e clientes. “Por ter mudado muito, o consumidor passou a querer atendimento em todos os canais, principalmente em datas como a Black Friday. Independentemente do tamanho da empresa, temos que ter o consumidor no centro, porque ele vai procurar e, se não encontrar resposta, acabará comprando do concorrente”, diz.
Araújo complementa que, diante da necessidade, a dor do mercado passou a ser a busca por ferramentas que unifiquem os contatos em única plataforma. Uma tendência que cresce é o chat commerce, em que é possível reunir redes sociais e aplicativos de mensagens. “Enquanto atende o cliente, o vendedor consegue enviar, por exemplo, catálogo e link de pagamento, centralizando o atendimento”, explica.
Encontrar maneiras eficazes de ouvir a voz do consumidor e tomar decisões se torna imprescindível na realidade atual. Segundo o CEO da Track.co, Tomás Duarte, a tecnologia permite monitorar o sentimento dos clientes após as interações com as marcas. Assim, os dados são capazes de direcionar mudanças corporativas que se convertam em vendas. “Eventos de crescimento do varejo, como a Black Friday, têm a necessidade de análise preditiva de dados para entender o comportamento dos clientes em momentos atípicos. Nesse sentido, é preciso haver investimento em ciência operacional, com retaguarda, sala de guerra etc., porque a experiência não pode piorar na alta demanda”, salienta.
Duarte afirma que, apesar da velocidade das novas interações, no geral, a expectativa do cliente continua sendo a mesma: receber o prometido na hora da compra. “Cumprir o prometido já é um grande ganho, porque temos dados indicam que, no Brasil, mais de 70% das empresas não entregam o produto exatamente dentro das condições anunciadas”, revela.
O campo de trabalho da RoutEasy é a logística baseada em inteligência artificial (IA), com a automatização de rotas, horário de entrega e tipo de transporte. Juliana Lopes, head de growth da empresa, explica que o imediatismo, intensificado pela crise pandêmica, criou camadas no tipo de serviço. “Desde 2019, temos acompanhado a tendência da entrega expressa. Nesse sentido, existe a necessidade de estudar melhor o comportamento do consumidor em toda a jornada e criar conexões. É a tecnologia logística para ganhar agilidade e estar mais próximo”, afirma.
A head reitera que o quick commerce é uma demanda que tende a crescer. “O trabalho tem sido no sentido de desbloquear esse potencial dos varejistas e comerciantes. Vivemos uma época de conveniência, o consumidor não busca mais abundância, ele compra via celular e programa a chegada”, finaliza.
Leia também sobre como a estratégia Omnichannel pode ser utilizada para potencializar o desempenho das vendas nessa data.
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