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8 de maio de 2020 - 7h50
Por Fábio Mantovani (*)
Chatbot é um programa de computador que em sua forma mais avançada utiliza a Inteligência Artificial (IA), cada vez mais aperfeiçoada para imitar conversas com usuários de várias plataformas e aplicativos. Em outras palavras, ele funciona como uma espécie de assistente que se comunica e interage com o usuário por meio de mensagens de texto ou voz automatizadas.
A ferramenta é um daqueles avanços da tecnologia que negócio digital algum pode abrir mão. Trata-se de uma plataforma que vem mudando a maneira como as empresas se relacionam com os seus clientes.
Toda empresa com foco em crescimento e competitividade já percebeu que não basta somente trabalhar muito para alcançar seus objetivos. Hoje, a velocidade também é fator determinante nesse processo. A necessidade de inovação tecnológica, por parte de empresas de todos os segmentos, é cada vez mais urgente na era da 4ª revolução – a revolução digital. Tão urgente quanto isso, é entender o perfil do novo consumidor, seus comportamento e tendências de consumo, e como lidar com eles para construir um bom relacionamento que se converta efetivamente em vendas e melhores resultados para a sua marca. Nesse contexto, investir em chatbots é uma grande carta na manga das empresas em busca de evolução no relacionamento com o novo consumidor.
A pandemia do novo coronavírus obrigou empresas a reduzirem ou simplesmente retirarem dos escritórios todos os funcionários que atuam com atendimento ao cliente. Equipados com Inteligência Artificial, o serviço com robô teve aumento significativo em países como Brasil, Estados Unidos, China, Japão, Austrália e alguns países da Europa. Para o Gartner, até 2022, 70% de todas as interações com clientes envolverão novas ferramentas, como chatbots, machine learning e mensagens pelo celular. Em 2018, esse índice era de 18%.
Em casos específicos, como nas companhias aéreas, de turismo e de telecomunicações, os atendimentos via chatbots chegaram a triplicar no mesmo período. As pessoas ficam com dúvidas se cancelou o voo, se não podem comprar mais passagem, aquelas que possuíam um pacote de viagens e agora não sabem o que faz com ele, se cancela, ou reagenda. Tudo isso gera uma insegurança muito grande.
Saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou no dia 20 de março a criação de um bot para WhatsApp que envia diretamente aos usuários as últimas informações sobre a pandemia do novo coronavírus. O serviço está disponível apenas em inglês e pode ser acessado por um número direto, o 41 79 893 18 92, capaz de receber mensagens e responder diretamente pelo aplicativo.
A UNICEF também lançou um chatbot para responder principais dúvidas sobre Covid-19. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o projeto usa Inteligência Artificial para promover um espaço seguro de informação na internet. Por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp (http://wa.me/556130351963?text=oi), os usuários podem fazer perguntas e receber respostas baseadas nas orientações e dados das comunicações oficiais do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do UNICEF. Entre as dúvidas que podem ser respondidas, estão formas de contágio, sintomas, quando consultar um médico, comunicação com crianças sobre o tema e até como lidar com o estresse.
Grandes companhias
Empresas como Gol, Claro, Volkswagen, Telefônica, e as que pertencem aos setores de e-commerce, investimento, educação e financeiro, dobraram os atendimentos utilizando IA. Isso acontece, pois os chatbots, que antes resolviam apenas uma parte das questões que são possíveis de padronizar, agora estão atuando nas resoluções mais complexas, antes reservadas aos seres humanos, indicando uma forte tendência de crescimento no setor.
Este momento está sendo importante para que as empresas vejam o quão importante é dar atenção para os canais digitais. As empresas que estão mais digitalizadas conseguem superar esses momentos de crise com mais facilidade.
(*) Fábio Mantovani é Engenheiro de Software da ART IT, especializada em soluções e serviços de TI.