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O acidente da Tesla e o futuro dos autônomos

Motorista morre utilizando o recurso Autopilot da marca e levanta uma discussão ética sobre os carros modernos; BMW e Intel se unem e anunciem projeto de carro autônomo em conjunto


4 de julho de 2016 - 11h42

Em maio, um motorista morreu em um acidente com um carro da marca Tesla. O modelo era semiautônomo e estava com o recurso Autopilot, que permite ao veículo usar sensores e câmeras para dirigir sozinho e ajustar a velocidade, ativado. Foi a primeira vez que um veículo da marca se envolveu em acidente.

O ocorrido levantou uma discussão sobre os dilema éticos envolvendo os carros autônomos e pode, a partir de agora, definir novos parâmetros para o avanço da tecnologia. O caso está nas mãos da NHTSA, órgão americano de segurança no trânsito que vai investigar qual o papel que o recurso Autopilot teve neste acidente.

Assim que ocorreu o acidente, a Tesla avisou ao órgão imediatamente. Em comunicado, a empresa lamentou o ocorrido. De acordo com a Tesla, é a primeira morte em mais de 200 milhões de km com o Autopilot ativado. Entre todos os veículos nos EUA, acontece uma morte a cada 150 milhões de km.

Elon Musk disse este ano que “a probabilidade de ter um acidente é 50% menor se você tiver o Autopilot ligado”. Dados coletados do Model S e Model X mostram que o número médio de quilômetros para acontecer um acidente – definido pela ativação do airbag – é o dobro se comparado aos motoristas sem o Autopilot ativado.

Diante da discussão, na semana passada, um novo acordo foi anunciado. BMW e Intel informaram que vão fabricar seu próprio carro autônomo. A aliança entre as empresas tem como objetivo de desenvolver um  veículo sem motorista com a marca BMW até 2021.

A Intel será responsável por fornecer os processadores e a Mobileye fornecerá sensores e tecnologias de assistência de direção.

 

 

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