Snapchat entra com pedido de IPO
A Snap, proprietária do app, informa que teve um prejuízo líquido de US$ 514,6 milhões no ano passado
A Snap, proprietária do app, informa que teve um prejuízo líquido de US$ 514,6 milhões no ano passado
Sergio Damasceno Silva
3 de fevereiro de 2017 - 12h30
A Snap, empresa controladora do Snpachat, finalmente, deu entrada no pedido de IPO (oferta pública de ações), pela qual espera arrecadar US$ 4 bilhões e atingir um valor de mercado entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões. Se atingir suas expectativas, será o maior IPO desde quando o Facebook, em 2012, colocou sua própria oferta no mercado e obteve US$ 16 bilhões, com valor de mercado, à época, de US$ 104 bilhões. Atualmente, a rede social de Mark Zuckerberg está avaliada em US$ 377 bilhões.
No comunicado sobre a IPO, a Snap anunciou: “Acreditamos que reinventar a câmera representa a nossa maior oportunidade de melhorar a maneira como as pessoas vivem e se comunicam”. Na documentação apresentada, ao final do ano passado o Snapchat tinha 158 milhões de usuários ativos, expansão de 48% em relação a 2015. No entanto, a empresa viu aumentar o prejuízo líquido de US$ 514,6 milhões no ano passado (ante US$ 372,9 milhões em 2015). No mesmo período, a receita foi de US$ 404 milhões (US$ 58,7 milhões em 2015). Para estancar essa perda, a Snap disse que se comprometeu a gastar US$ 2 bilhões com o Google nos próximos cinco anos para usar seus serviços de computação em nuvem.
Ainda, a Snap informa que enfrenta uma concorrência significativa em “quase todos os aspectos do nosso negócio” de empresas mais estabelecidas como a Apple, Facebook, Twitter e Google, com destaque para o Instagram Stories como um recurso que, em grande parte, imita o Stories e pode ser diretamente competitivo“.
A partir da IPO, a estratégia é “investir em inovação de produtos e assumir riscos para melhorar a plataforma de câmera. Fazemos isso em um esforço para impulsionar o engajamento do usuário para podermos, então, monetizar através da publicidade”, diz a nota. Os eventuais investidores não terão direito a voto e os fundadores Evan Spiegel e Robert Murphy manterão o controle da Snap.
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