A questão climática avança para o centro do debate

7 de novembro de 2022 - 12h00

Alguns exemplos práticos: Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes de Fórmula 1, comentou que o time tem metas específicas para redução do impacto das emissões de carbono, empregando ferramentas de realidade aumentada para reduzir a necessidade de transporte de pessoas e equipamentos durante as etapas do campeonato mundial, além de usar biocombustíveis de última geração em seus próprios caminhões. Atuando em um segmento que tem milhões de fãs ao redor do mundo, a marca entende que deve dar o exemplo ao adotar e divulgar suas práticas e objetivos de sustentabilidade.

Outro exemplo vem da Microsoft, que está apoiando diversas iniciativas direcionadas à questão climática, como o uso na Índia de satélites para a identificação dos telhados de casas com melhores probabilidades de serem transformados em telhados ecológicos, reduzindo assim a temperatura interior da habitação, gerando consequentemente economia de energia. Ou ainda, iniciativas para implantação de pequenas plantas de geração de energia nuclear limpa, substituindo a energia proveniente de centrais movidas a carvão, que são altamente poluidoras.

Em ambientes industriais, a utilização de inteligência artificial e de soluções no metaverso possibilitam o aumento de performance, permitindo produzir mais e mais rápido e de forma mais eficiente e, portanto, de maneira mais sustentável. Assim, a combinação da análise de dados, inteligência artificial, metaverso, realidade aumentada, entre outras possibilidades, é a chave para a busca e implantação de soluções mais sustentáveis ecologicamente.

Um outro indicador de como o tema o tema despertou o interesse da audiência, foi a enorme quantidade de pessoas tentando assistir (uma grande parte do lado de fora), o painel “Climatech: a trillion dolar opportunity”, que explorou as apostas nesse segmento de alguns dos maiores fundos de venture capital. Por outro lado, a maioria dos participantes dessa edição parece ser bastante cética quanto à capacidade que teremos de reduzir as emissões de carbono. A foto deste texto ilustra bem a afirmação. A grande maioria das pessoas não acredita que conseguiremos reduzir as emissões e acham que os governos e grandes empresas têm a maior parcela da responsabilidade por isso.

Como profissionais da área de marketing e negócios, temos a obrigação de encarar a sério o tema e agir, em nosso escopo de atuação ou como influenciadores, no sentido de provocar tal mudança.