A história por trás do funk da Ultragaz
Empresa aproveita uma onda de memes com versões diferentes de seu jingle e ganha as redes sociais
Empresa aproveita uma onda de memes com versões diferentes de seu jingle e ganha as redes sociais
Luiz Gustavo Pacete
31 de janeiro de 2017 - 14h19
Os funcionários de Paulínia, em São Paulo, foram os primeiros a entrar na dança
A famosa música do gás foi criada há décadas pela Ultragaz e serviu de inspiração para muitas paródias e releituras. Vez ou outra, ela ressurge na internet. Foi o que aconteceu recentemente quando Alessandro Santos, colaborador do South America Memes, resgatou o jingle e criou o funk do gás. A ideia viralizou e dezenas de funcionários da Ultragaz começaram a ser marcados nas redes sociais sendo desafiados a criarem uma versão “oficial” do funk. O primeiro vídeo foi publicado em 26 de janeiro pelos funcionários de Paulínia.
Segundo Roberta Brenner, gerente de marketing da Ultragaz, a empresa “foi pega de surpresa” quando observou a movimentação. “Ficamos impressionados com a dimensão que isso ganhou. Funcionários da empresa, revendas e revendedores passaram a ser marcados no post que deu origem a tudo em uma espécie de desafio: queriam ver pessoas com uniforme da empresa fazendo a coreografia”, diz Roberta.
De acordo com a executiva, a ideia foi apoiar a ideia e incentivar os vídeos. “Decidimos nos divertir juntos. Acreditamos que a força da marca, a história da Ultragaz com o brasileiro, tenha contribuído com a repercussão que o remix ganhou. O hit, dizem por aí, tem tudo para ser o sucesso do carnaval. E, se depender dos internautas, será mesmo. Tanto que já registramos inúmeros pedidos de fantasias do Ultrinho (o Botijão Azul usado como mascote em uma das gravações).”
A mascote Ultrinho virou fantasia para o Carnaval 2017
Para dar proporções à ação, a Ultragaz contou com o suporte da Talent e da AG2 na área digital e da Ogilvy PR em relações públicas. “O que estamos fazendo é incentivar que todas as nossas bases gravem seus vídeos, que revendedores também façam parte dessa manifestação que traz ainda mais proximidade da marca com o brasileiro”, diz Roberta.
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Questionada sobre os riscos envolvendo a ação, Roberta afirma que, justamente por ser uma ação que nasceu naturalmente e que ganhou corpo nas redes sociais e sem interferência da marca, acredita que os riscos são mínimos. “ Nosso marketing tem acompanhado de perto toda essa repercussão e mobilização, mas não adotamos uma linha de proibir ou permitir nada. Os internautas é que vão decidir o quanto isso vai durar.”
Por fim, o marketing da Ultragaz acredita que o principal ganho está no fato de a empresa ser a primeira de seu setor a estar presente “desta forma” nas redes sociais. “Nossa atuação no universo digital busca valorizar histórias, não só a da companhia, mas principalmente de nossos consumidores, dos nossos colaboradores e da nossa rede de revendas. Tanto que todas as iniciativas de revendas, bases, funcionários e clientes ligadas, neste momento, ao “funk do gás” estão sendo reunidas e compartilhadas em nossas redes”, diz Roberta.
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