A venda da Netshoes pode ajudá-la a se recapitalizar?
B2W e Magazine Luiza têm interesse nos ativos da varejista esportiva, cujas ações têm se desvalorizado em Nova York
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Salvador Strano
24 de abril de 2019 - 15h47
Magazine Luiza e B2W anunciaram no começo do mês que ambas têm interesse na compra da Netshoes. A movimentação poderia esquentar um mercado que ainda é tímido, se comparado ao e-commerce de eletroeletrônicos, a principal categoria do setor.
Recentemente, a varejista esportiva contratou o Goldman Sachs para buscar um parceiro que aumentasse seu fluxo de caixa, segundo reportagem da Reuters. Desde 2017, quando a Netshoes abriu suas ações na bolsa de Nova York, os títulos já perderam 90% de seu valor inicial.
Ainda não se sabe, entretanto, quão benéfico seria essa compra para as empresas. “A B2W está num período de foco em geração de caixa”, afirma Betina Roxo, analista da XP. “A potencial compra precisaria ter mais clareza sobre quais seriam os benefícios para a empresa. Num primeiro momento, o investidor fica preocupado. A Magazine Luíza não tem essa preocupação. De qualquer jeito, o market place dela ainda é pequeno”. Segundo dados da XP, a receita gerada pela Magazine Luiza no e-commerce é de R$7 bilhões. O da Netshoes, cerca de R$ 2 bilhões. E esse acréscimo seria bem-vindo para aumentar seu quinhão no mercado.
Esse efeito não seria tão grande na controladora do market place de Submarino, Americanas e Shoptime. A receita total da operação alcança, por sua vez, R$ 15 bilhões, cifra significantemente maior do que a da operação de Luiza Trajano. A possível compra, entretanto, não deve ter a dimensão necessária para causar grandes impactos no cenário do e-commerce brasileiro, indica Betina.
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