Compra da Activision Blizzard pela Microsoft é bloqueada nos EUA
Juiz aceita pedido da Comissão Federal de Comércio contra aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, mas marca audiência para avaliar negócio
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Meio & Mensagem
14 de junho de 2023 - 15h39
Em janeiro do ano passado, a Microsoft anunciou que compraria a Activision Blizzard, desenvolvedora de jogos como Call of Duty, World of Warcraft e Candy Crush, por cerca de US$ 69 bilhões. Porém, na última terça-feira, 13, o juiz distrital Edward Davila, da Corte do Distrito Norte do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, decidiu bloquear temporariamente a aquisição.
A ordem de restrição temporária foi solicitada pela Comissão Federal de Comércio, que também buscou uma liminar para impedir a aquisição, alegando que a mesma pode suprimir a concorrência no mercado de videogames. A liminar vem sendo planejada desde o fim do ano passado, quando a Comissão Federal de Comércio dos EUA tentou pela primeira vez bloquear o negócio entre as empresas. A audiência para o caso está marcada para os dias 22 e 23 de junho. Até lá o negócio não pode avançar.
O acordo inicial entre a Microsoft e a Activision, de janeiro de 2022, dizia que as empresas tinham até 18 de julho deste ano para concluírem o negócio. Caso contrário, a Microsoft terá que pagar uma taxa de rescisão de US$ 3 bilhões à fabricante de jogos. Preocupada que a Microsoft feche o negócio antes do início do julgamento, a Comissão Federal de Comércio decidiu entrar com o pedido de bloqueio no tribunal federal esta semana.
Em comunicado divulgado na terça-feira, 13, a Microsoft disse que “acelerar o processo legal nos EUA trará mais opções e concorrência ao mercado de jogos” e que “uma ordem de restrição temporária faz sentido até que possamos receber uma decisão do Tribunal, que está se movendo rapidamente”.
A fusão entre as duas companhias foi aprovada por órgãos reguladores da União Europeia, China, Japão e Coreia do Sul, mas barrada pela Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido em abril deste ano, devido a preocupações de que poderia sufocar o mercado de jogos em nuvem. A Microsoft está recorrendo dessa decisão e considera, inclusive, mudar a sede da Activision Blizzard para outro país da Europa, caso a compra não seja aprovada.
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