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Airbnb reforça inclusão de refugiados e pede doações

Ao veicular comercial "#WeAccept", fundadores da companhia detalharam planos para contratar cem mil refugiados nos próximos cinco anos

Dentre as mais de 15 empresas globais que se posicionaram contra a medida de suspensão do recebimento de refugiados e nascidos em sete países muçulmanos nos EUA, decretada pelo presidente Donald Trump em 27 de janeiro, o Airbnb é uma das poucas que adotou ações que ultrapassaram manifestos em campanhas. A plataforma de compartilhamento de hospedagens ofereceu alojamento gratuito a refugiados e a todas as pessoas que forem proibidas de entrar em território norte-americano logo após a decisão do governo.

Durante a exibição do Super Bowl no domingo, 5, o Airbnb reforçou sua postura – e seu principal valor cultural como marca, “belonging”, que diz respeito ao senso de pertencimento – por meio de um comercial que exibe rostos de diversas etnias e o seguinte texto: “Acreditamos que não importa quem você é, de onde você vem, quem você ama ou quem você adora, todos nós pertencemos. Quanto mais você aceita, mais bonito o mundo fica”. A hashtag que dá nome ao vídeo, “#WeAccept”, viralizou no Twitter em meio a transmissão dos jogos.

Segundo Chris Garbutt, presidente de criação global da TBWA – a criação da campanha é da TBWA\Chiat\Day –, o Airbnb nasceu da economia de compartilhamento e, portanto, se não desse continuidade a essa narrativa da diversidade e do acolhimento, enfrentaria problemas nos negócios. “A narrativa de Trump vai contra o que Brian Chesky e a companhia defendem. Então, é natural que coloquem isso para o mundo pois essa é a audiência que sempre atraíram e continuam atraindo”, diz.

Na mesma noite, o co-fundador e CEO da companhia Brian Chesky utilizou a hashtag para dizer que a meta da empresa é oferecer hospedagem de curto prazo para cem mil pessoas em necessidade pelos próximos cinco anos. A iniciativa, detalhada em um texto no site do Airbnb, é assinada por Chesky e pelos outros dois fundadores, Joe Gebbia e Nathan Blecharczyk. A companhia se compromete a doar US$ 4 milhões nos próximos quatro anos para o Comitê Internacional de Resgate para apoiar as necessidades mais urgentes dos desalojados ao redor do mundo.

Além disso, convida o público a contribuir tornando-se anfitriões de refugiados ou de pessoas afetadas por desastres naturais, sugerindo uma alternativa para a causa ou fazendo doações para instituições que cuidam de imigrantes e refugiados. Os fundadores reconhecem, porém, que a missão está repleta de desafios e que, inclusive, hóspedes do Airbnb têm enfrentado discriminação. “Sabemos que temos muito trabalho pela frente e estamos empenhados em conseguir uma aceitação maior em nossa comunidade”, afirma o comunicado.


9 de fevereiro de 2017 - 12h33

Dentre as mais de 15 empresas globais que se posicionaram contra a medida de suspensão do recebimento de refugiados e nascidos em sete países muçulmanos nos EUA, decretada pelo presidente Donald Trump em 27 de janeiro, o Airbnb é uma das poucas que adotou ações que ultrapassaram manifestos em campanhas. A plataforma de compartilhamento de hospedagens ofereceu alojamento gratuito a refugiados e a todas as pessoas que forem proibidas de entrar em território norte-americano logo após a decisão do governo.

Durante a exibição do Super Bowl no domingo, 5, o Airbnb reforçou sua postura – e seu principal valor cultural como marca, “belonging”, que diz respeito ao senso de pertencimento – por meio de um comercial que exibe rostos de diversas etnias e o seguinte texto: “Acreditamos que não importa quem você é, de onde você vem, quem você ama ou quem você adora, todos nós pertencemos. Quanto mais você aceita, mais bonito o mundo fica”. A hashtag que dá nome ao vídeo, “#WeAccept”, viralizou no Twitter em meio a transmissão dos jogos.

Segundo Chris Garbutt, presidente de criação global da TBWA – a criação da campanha é da TBWA\Chiat\Day –, o Airbnb nasceu da economia de compartilhamento e, portanto, se não desse continuidade a essa narrativa da diversidade e do acolhimento, enfrentaria problemas nos negócios. “A narrativa de Trump vai contra o que Brian Chesky e a companhia defendem. Então, é natural que coloquem isso para o mundo pois essa é a audiência que sempre atraíram e continuam atraindo”, diz.

Na mesma noite, o co-fundador e CEO da companhia Brian Chesky utilizou a hashtag para dizer que a meta da empresa é oferecer hospedagem de curto prazo para cem mil pessoas em necessidade pelos próximos cinco anos. A iniciativa, detalhada em um texto no site do Airbnb, é assinada por Chesky e pelos outros dois fundadores, Joe Gebbia e Nathan Blecharczyk. A companhia se compromete a doar US$ 4 milhões nos próximos quatro anos para o Comitê Internacional de Resgate para apoiar as necessidades mais urgentes dos desalojados ao redor do mundo.

Além disso, convida o público a contribuir tornando-se anfitriões de refugiados ou de pessoas afetadas por desastres naturais, sugerindo uma alternativa para a causa ou fazendo doações para instituições que cuidam de imigrantes e refugiados. Os fundadores reconhecem, porém, que a missão está repleta de desafios e que, inclusive, hóspedes do Airbnb têm enfrentado discriminação. “Sabemos que temos muito trabalho pela frente e estamos empenhados em conseguir uma aceitação maior em nossa comunidade”, afirma o comunicado.

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