Americanas: prejuízo de R$ 4,6 bilhões e queda em canais digitais
Varejista divulgou resultados de janeiro a setembro de 2023 com baixo desempenho de canais digitais devido à queda de confiança do consumidor após revelação de fraude
Americanas: prejuízo de R$ 4,6 bilhões e queda em canais digitais
BuscarAmericanas: prejuízo de R$ 4,6 bilhões e queda em canais digitais
BuscarVarejista divulgou resultados de janeiro a setembro de 2023 com baixo desempenho de canais digitais devido à queda de confiança do consumidor após revelação de fraude
Meio & Mensagem
26 de fevereiro de 2024 - 12h18
A Americanas divulgou os resultados de janeiro a setembro do ano passado após um período de silêncio devido ao rombo bilionário em demonstrações financeiras. Segundo a varejista, houve um prejuízo de R$ 4,61 bilhões, devido ao baixo desempenho de seus canais digitais e despesas financeiras.
Em mensagem da administração apresentada nesta segunda-feira, 26, a Americanas aponta que: “o canal digital, onde o ticket médio é mais alto e os produtos são mais comparáveis, em um primeiro momento, sofremos um choque de confiança”. Ao todo, a queda na receita líquida foi de 45,1%.
Durante o período, a Americanas teve plano de recuperação judicial aprovado. Além disso, já colocava em prática a divisão do trabalho na investigação da fraude, transformação da companhia e a própria recuperação judicial.
A empresa aponta, ainda, que “com a revelação da fraude de resultados, o pedido de Recuperação Judicial e toda mídia que envolveu o caso, a plataforma digital foi a que mais sofreu com uma significativa queda de vendas, resultado do choque de confiança dos consumidores e da estratégia adotada pela Companhia de reduzir exposição a negócios com elevado consumo de caixa”.
A queda no e-commerce foi de 77,1% em relação ao ano de 2022, quando o resultado foi de R$ 20,9 bilhões.
A estratégia adotada pela Americanas para melhorar a rentabilidade da operação foi de migrar categorias relevantes em venda para terceiros no digital. Com isso, ficou responsável apenas pela venda e logística até o consumidor. Ademais, apostaram em desacelerar algumas linhas relacionadas à tecnologia.
Apesar do mau desempenho dos canais digitais, as lojas físicas demonstraram números satisfatórios para a companhia – na contramão do comércio on-line. Foram R$ 9,3 bilhões em vendas, representando mais da metade (58%) de todas as vendas da varejista. Nos nove primeiros meses de 2022, o valor foi de R$ 9,7 bilhões.
As unidades também foram otimizadas a fim de garantir melhor eficiência operacional. No geral, a Americanas encerrou 99 unidades em todo o país – mais concentrada no Sudeste – e reduziu cerca de 49 mil metros quadrados de área.
Ocorreram mudanças no mix de produtos a fim de beneficiar sortimento de categorias com maior potencial de geração de renda bruta, informa. Houve, ainda, crescimento em algumas categorias, sobretudo em departamentos de general merchandising, como bombonière e biscoitos.
No geral, o varejo físico rendeu R$ 7,2 milhões nos primeiros 9 meses de 2023, uma queda de 18,8% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Já o digital obteve a maior queda, de 79,2%, com renda líquida de R$ 1,8 milhão. Além disso, o resultado financeiro no período apresentado foi negativo em R$ 2,2 bilhões.
Compartilhe
Veja também
Experiências em comunidades: a estratégia da Sephora no Brasil
Com investimento em eventos próprios e ampliação das oportunidades em lojas físicas, executivos contam a estratégia da marca no Brasil
Como a Shopee está expandindo negócios em retail media
Marketplace lança opções de mídia para não vendedores a fim de oferecer mais valor para as marcas e enriquecer a experiência do consumidor na plataforma