Atacarejo e varejo alimentar têm queda de faturamento em apagão

Thaís Monteiro
22 de outubro de 2024 - 6h00

Na sexta-feira, 11 de outubro, fortes chuvas e ventanias causaram um apagão na cidade de São Paulo que, inicialmente, atingiram 2,1 milhões de pessoas. Até dia 14, 537 mil usuários da Enel de São Paulo permaneceram sem luz. No final de semana seguinte, novos temporais repetiram a situação, ainda que em escala menor.

Associações do setor relatam prejuízo bilionário no final de semana entre 11 e 13 de outubro (Crédito: Divulgação)

Os apagões mobilizaram ações do setor de comércio. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima os setores de varejo e serviços acumule um prejuízo de R$ 1,65 bilhão. O levantamento se refere ao final de semana entre sexta, 11, e domingo, 13.

Segundo a FecomercioSP, no setor de varejo, a perda foi de R$ 536 milhões. O setor de serviços sofre um maior impacto: R$ 1,1 bilhão. Em situações regulares, em média, cada setor fatura R$ 1,1 bilhão e R$ 2,3 bilhões por dia.

Uma pesquisa conduzida pela plataforma de soluções tecnológicas Scanntech revela que o atacarejo foi o mais afetado, apresentando queda de 21,5% no faturamento e comprometendo logóstica e armazenamento do produtos. Os valores são comparados ao mesmo período do ano anterior.

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Por sua vez, o varejo alimentar viu seu faturamento cair 5,6% e as unidades vendidas retraírem 4,7%. Ainda assim, na mesma semana, após retomada de energia, o varejo alimentar apresentou crescimento em relação ao ano anterior ao registrar crescimento de 3,7% em faturamento e 0,4% em vendas unitárias.

A Associação Nacional de Restaurantes (ANR) entrou com uma ação judicial coletiva contra a Enel de São Paulo pelos danos financeiros causados. A associação estima um prejuízo de R$ 87 milhões, mas leva em conta os cinco dias a partir de 11 de outubro.

Por outro lado, há categorias que apresentaram 100% de crescimento em vendas unitárias. Foram elas: velas (101%), gelo (100%) e fósforo (56%).