Arezzo&Co revela planos para 2021
Alexandre Birman, CEO e CCO da companhia, conta quais são as prioridades do negócio no Brasil, após aquisição da Reserva, e nos Estados Unidos, mercado que responde por 11% do business
Alexandre Birman, CEO e CCO da companhia, conta quais são as prioridades do negócio no Brasil, após aquisição da Reserva, e nos Estados Unidos, mercado que responde por 11% do business
Roseani Rocha
23 de fevereiro de 2021 - 17h03
No início deste mês, a Arezzo&Co celebrou 10 anos desde sua entrada na Bolsa de Valores, período no qual suas ações tiveram valorização de 325%. De lá para cá, a companhia também passou por mudanças significativas, com novas marcas e, mais recentemente, aquisições e entrada em segmentos diferentes de negócios.
Em 2019, passou a responder pelo licenciamento de Vans. Em outubro de 2020, adquiriu a grife carioca Reserva, por R$ 715 milhões, expandindo sua atuação para vestuário, e, um mês depois, 75% do e-commerce Troc, que atua na comercialização de roupas e acessórios de grife em segunda mão. Este foi o primeiro negócio realizado pela ZZ Ventures, braço de venture capital do Grupo, que lançou também o marketplace ZZ’Mall, cuja diretora de imagem é a atriz Marina Ruy Barbosa.
Em entrevista publicada na edição desta semana do Meio & Mensagem, Alexandre Birman, CEO e CCO da Arezzo&Co, comenta toda a transformação pela qual a companhia vem passando, a do mercado de moda como um todo e sua comunicação, assim como as prioridades para 2021. Segundo Birman, o foco este ano será a integração e expansão da Reserva: “Vamos fazer o roll-out para o mercado feminino, a expansão para o segmento de tênis, reforma e padronização das lojas atuais e abertura de várias novas lojas”.
Outros pontos de atenção serão a transformação digital da companhia, em especial agora que ela passa a ter quase 900 lojas; a consolidação da cultura, dada a maior diversidade de marcas e segmentos de atuação; e a consolidação também da operação internacional, focada no mercado norte-americano, que em 2020 passou por mudanças.
Nos Estados Unidos, país que responde por 11% do negócio e fatura R$ 260 milhões, a Arezzo&Co fechou lojas próprias e concentrou a presença das marcas Schutz e Alexandre Birman, respectivamente, em lojas de departamentos e no varejo mais exclusivo, além de um e-commerce próprio. A intenção em 2021, aliás, é fazer testes nesse e-commerce também com produtos das marcas Arezzo e Ana Capri.
O executivo reconhece que a pandemia motivou uma série de mudanças na Arezzo&Co em 2020, realizadas em tempo recorde, o que segundo ele fez a companhia passar bem pelo ponto mais agudo da crise. Já 2021, as metas anuais seguem desmembradas em semestrais. Neste primeiro semestre, ele acredita ainda na oscilação entre aberturas e restrições do comércio, mas para o segundo, caso o processo de vacinação finalmente deslanche no País, é muito mais otimista: “Após esse momento, vai ter um sentimento de libertação muito grande, nem que chegue em setembro, porque talvez atrase. As pessoas vão extravasar e consumir loucamente. Aí você terá uma outra realidade e tem que estar preparado para isso também”, pondera Alexandre Birman.
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