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As consequências da Guerra na Ucrânia para os esportes

Em resposta à invasão da Rússia, entidades esportivas banem o país de competições de futebol e dos jogos paralímpicos de inverno


3 de março de 2022 - 16h30

Dono do clube inglês deixa o comando após 20 anos (Crédito: Divulgação / Facebook Chelsea)

Desde que se iniciou o conflito na Ucrânia,na última quinta-feira, 24, quando o país passou a ser ocupado por tropas russas, as consequências estão sendo sentidas em diversas esferas da sociedade. Além dos impactos nos ambientes político e econômico em todo o mundo, a situação, também não deixou de influenciar o mundo dos esportes.

Em ano de Copa do Mundo, o conflito já teve suas consequências para as competições classificatórias que estão acontecendo no Velho Continente. A Rússia enfrentaria a Polônia no próximo dia 24, em uma partida válida pela repescagem das Eliminatórias Europeias. A seleção polonesa, primeiramente, se recusou a enfrentar a seleção russa assim que os ataques começaram.

Com o avanço das tropas no território ucraniano, a FIFA, no início, anunciou uma série de punições ao país, que envolviam medidas como jogos em campo neutro, sem hino, sem bandeira e sem torcida. No entanto, a entidade decidiu suspender a Federação Russa de Futebol de competições internacionais, bem como todas as outras categorias (base e feminino).

A decisão foi tomada em conjunto com a União das Federações Europeias de Futebol (UEFA), organizadora de competições como a Eurocopa e UEFA Champions League. Com isso, os clubes russos também não poderão participar das competições chanceladas pela União. A final da Champions League, que seria realizada em São Petersburgo, na Rússia, teve sua sede alterada e foi transferida para Paris.

“Na sequência das decisões iniciais adoptadas pelo Conselho da FIFA e pelo Comitê Executivo da UEFA, cujas decisões previam a adoção de medidas adicionais, a FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipes russas, quer sejam equipas representativas nacionais ou equipes de clubes, serão suspensas da participação em competições da FIFA e da UEFA até novo aviso. Essas decisões foram adotadas hoje pelo Bureau do Conselho da FIFA e pelo Comitê Executivo da UEFA, respectivamente os mais altos órgãos decisórios de ambas as instituições em assuntos tão urgentes. O futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia. Ambos os presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos”, declararam as entidades, em comunicado oficial.

No mundo dos eSports, a Rússia também sofreu sanções. A EA Sports, desenvolvedora do jogo FIFA, revelou em comunicado oficial a retirada da seleção russa e de todos os times dos produtos da marca, inclusive do novo FIFA 22, além de prestar solidariedade à Ucrânia.

Na Inglaterra, o Campeão do Mundo, Chelsea, comandado pelo russo Roman Abramovich, também sofreu com as ações do conflito entre Rússia e Ucrânia. O dono do clube inglês, que disputa competições como a Premier League e Champions League, foi acusado de manter ligações com Vladimir Putin, presidente russo e se retirou do clube após 20 anos no comando, deixando-o para os curadores da fundação de caridade do Chelsea.

Medidas também foram tomadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que anunciou que os atletas russos não poderão participar dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que começam nesta sexta-feira, 4. Os atletas da Rússia não podem participar nem mesmo com equipes neutras. A entidade afirma ter tido contato com membros de outras organizações esportivas pedindo que reconsiderassem a decisão de deixar a Rússia participar dos jogos, sob indícios de consequências maiores para os Jogos Paralímpicos, que acontecem em Pequim.

A Fórmula 1  também tomou medidas em relação à guerra. Na última sexta-feira, 25, a organização da competição afirmou que que não realizará o Grande Prêmio da Rússia, alegando ser impossível mantê-lo diante das circunstâncias. A entidade declarou que faz isso com “tristeza e choque” e que torce por uma rápida resolução do conflito.

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