Carol Sampaio: “Atrairíamos mais marcas com incentivo”
A empresária, à frente de grandes festas, detalha ações de Carnaval que atraem marcas como Bradesco
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Teresa Levin
17 de fevereiro de 2020 - 6h00
Carol Sampaio se define filha e cria dos camarotes de cervejaria no carnaval carioca. E se sua primeira experiência profissional no sambódromo do Rio foi com a Nova Schin, hoje ela é proprietária de um dos principais camarotes da Sapucaí, o Nosso Camarote. O espaço atrai marcas como o Bradesco, que dá nome a ele este ano, mas outras tantas como Maybelline, Coca-Cola e Red Bull, e até a Sony Music, já que assim como outros ele virou palco de shows de grandes nomes da música em meio aos desfiles das escolas de samba. Empresária e promoter, ela também é o nome à frente do Bloco da Favorita, que nasceu no Rio mas no último fim de semana fez seu terceiro desfile em São Paulo. Na entrevista abaixo, Carol comenta suas iniciativas carnavalescas e aproveita para defender uma maior incentivo público aos projetos ligados à folia.
Você está à frente de um bloco e do Nosso Camarote. Cada um deles alcança um público diferente. Qual a relevância deles nas festas do Rio e de São Paulo?
São exatamente projetos para públicos diferentes e conseguem atingir um número de pessoas diferente. O Bloco da Favorita veio do baile de mesmo nome, que em 2020 completa nove anos. Vimos que faltava o funk na rua, nos preocupamos em encaixá-lo no carnaval. Criamos a banda Favorita onde os funks são tocados em formas de marchinha e samba, para ser a cara do Rio. E foi algo que revolucionou um pouco o carnaval, passou a ser o bloco mais procurado no Rio. Em seguida fomos convidados para desfilar em São Paulo, onde já estamos pelo terceiro ano, com o patrocínio da Trident.
E o Nosso Camarote?
Eu sou filha e cria dos camarotes de cervejaria, comecei minha profissão no lançamento da Nova Schin na Sapucaí, passei pela Brahma, desde então já foram 20 anos. Quando a era das cervejarias acabou pensei, nossa, o que será de mim, depois de 15 anos de Sapucaí vou viajar, fazer algo diferente, mas de repente vi que não conseguia ficar longe daquilo ali. Vi que queria fazer o meu camarote, o nosso camarote, inspirada na Nike, no slogan Just do it. E o nome é uma inspiração, para ter todas as marcas envolvidas, o camarote é delas também, meu, seu, nosso. E esse ano ele é o Nosso Camarote Bradesco, o primeiro de naming rights. Quando comecei imaginei que era um investimento de cinco anos mas no terceiro já batemos o que queríamos.
Como você elaborou a participação das marcas no espaço?
Fui chamada para trabalhar para 11 marcas no Rock in Rio de 2017, e quando estava olhando para aquilo ali pensei, posso fazer um camarote, ir atrás das marcas, as pessoas querem experiência e cada anunciante pode proporcionar algo diferente. Isso me inspirou a fazer o camarote, correr atrás das marcas que gerariam esta experiência para o público. Trazendo ainda um line up interessante, com nomes como Luan Santana, Anitta, Raimundos, Karol Conka, Ludmilla, etc. Hoje temos marcas como, além do Bradesco, Red Bull, Olla, Coca-Cola, Badoh, Trident, Maybeline.
Você pensa em levar estes projetos a outras praças?
O camarote é uma coisa muito da Sapucaí, mas o bloco sim. Temos a intenção de ir para outros estados já no ano que vem, pensamos em Recife, que tem um carnaval muito legal, e Belo Horizonte. Temos esta pretensão.
As marcas já investem como poderiam no carnaval? O que pode ser feito para incrementar a festa pelo país?
No Brasil inteiro o carnaval tem se tornado uma coisa mais forte, não é mais só Rio, São Paulo e Salvador, mas Recife, Belo Horizonte, as marcas estão olhando para isso sim. A vantagem do Rio é ter o maior espetáculo da terra que são os desfiles, temos este ponto positivo. Não conseguimos trazer mais anunciantes porque não temos incentivo. Esta é uma coisa que pode ser repensada. O Nosso Camarote, por exemplo, é meu, pessoa física, mas não deixo de estar investindo no turismo da cidade do Rio. Se tivéssemos incentivo atrairíamos mais marcas. Elas querem estar ali.
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