Barnes Noble tenta sobreviver com Nook

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Barnes Noble tenta sobreviver com Nook

Centenária livraria dos Estados Unidos busca repaginar seus negócios para sobreviver na era digital


24 de janeiro de 2012 - 9h15

Até quando o prazer de folhear livros vai resistir às tentadoras facilidades despejadas pela tecnologia ? A praticidade dos e-books encanta uma legião cada vez maior de adeptos fazendo trepidar o negócio de livrarias centenárias, como a americana Barnes & Noble, que nasceu como uma gráfica em 1873 e teve a sua primeira loja aberta em Nova York, em 1917.

O maior varejo de livros dos Estados Unidos, com 40 milhões de consumidores, passa atualmente por uma repaginação. A operação física da marca, hoje com 700 estabelecimentos, acaba de se separar da área mais lucrativa da empresa, o Nook, divisão de leitores digitais criada em 2009 e com receita anual de US$ 1,5 bilhão. O anúncio não agradou aos investidores e as ações caíram 17%, uma perda em valor de mercado da ordem de US$ 139 milhões. Mas para William Lynch, CEO da Barnes & Noble, os negócios ainda estarão interligados porque são as lojas físicas que vendem os aparelhos e acessórios Nook.

Separar para valorizar
O objetivo, segundo entrevista de Lynch publicada na Bloomberg BusinessWeek e reproduzida na edição dessa terça-feira, 24, pelo jornal Valor Econômico, é dobrar a base do Nook nas lojas e, com o desmembramento, aumentar o peso da operação digital nas ações da empresa, em queda de cerca de 50% desde junho. Independente, a nova empresa Nook venderia uma participação minoritária aos investidores por meio de uma oferta pública inicial de ações, tendo a Barnes & Noble como acionista majoritária.

Hoje, a cotação de US$ 11 dos papeis da empresa leva em consideração apenas o valor das lojas de varejo e em universidades, mas não o das operações com o Nook. De acordo com o analista David Schick, da Stifel Nicolaus, isso acontece porque o Nook vem consumindo portentosos investimentos para se adaptar e concorrer com negócios que já nasceram voltados para a era digital, como o Kindle da Amazon e os iBooks e iPads da Apple.

Butiques Nook com serviços especializados, promoções de aparelhos, cafés e áreas de recreação com acesso sem fio grátis à internet e até a expansão das vendas de artigos infantis, como brinquedos, jogos e a disponibilização de Nooks de testes para as crianças, têm ajudado a Barnes & Noble a diversificar a sua atuação. Mas a sobrevivência num mundo cada vez mais digitalizado ainda é um desafio com muitas páginas em branco.

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