Best Global Brands: Apple e Google no topo
Pela primeira vez em 15 edições do estudo da Interbrand, duas empresas superam a casa de US$ 100 bilhões de valor de marca
Pela primeira vez em 15 edições do estudo da Interbrand, duas empresas superam a casa de US$ 100 bilhões de valor de marca
Fernando Murad
9 de outubro de 2014 - 9h36
As companhias do setor de tecnologia continuam dando as cartas no Best Global Brands, da Interbrand. A décima-quinta edição do estudo, apresentada nesta quinta-feira 9, destaca Apple, com US$ 118,9 bilhões (alta de 21%) e Google, com US$ 107,4 bilhões (crescimento de 15%), como as duas marcas de maior valor do mundo. Foi a primeira vez que duas empresas superaram a casa de US$ 100 bilhões no ranking (veja a lista completa abaixo).
As duas marcas mantiveram as posições alcançadas em 2013, quando desbancaram a Coca-Cola, que liderou entre 2000 e 2012. O refrigerante continua em terceiro (US$ 81,5 bilhões, alta de 3%). O top 5 não teve mudanças e inclui ainda IBM (US$ 72,2 bilhões, queda de 8%) e Microsoft (US$ 61,1 bilhões, incremento de 3%).
“O crescimento meteórico para mais de US$ 100 bilhões da Apple e do Google é uma verdadeira prova do impacto da construção de marca num negócio. Essas marcas atingiram novos patamares. Criaram experiências nunca antes vistas, relevantes no contexto atual e cada vez mais envolvidas num ecossistema integrado de produtos e serviços, tanto físicos como digitais”, afirma Jez Frampton, CEO global da Interbrand.
Ascenção
Facebook, Audi, Amazon, Volkswagen e Nissan foram as cinco marcas que se destacaram pelo crescimento no relatório Best Global Brands 2014. O Facebook (29º lugar) aumentou seu valor de marca em 86%. A Audi (45º) foi a que mais cresceu no setor automotivo – 27%. Volks (31º) e Nissan (56º) registraram incremento de 23% cada. Já a Amazon (15º) cresceu 25%.
Estreias
Pela primeira vez em 15 anos de ranking, uma marca dos Brics ingressou no rol das mais valiosas do mundo. A responsável pelo feito foi a empresa chinesa de telecomunicações Huawei (94º posto com US$ 4,3 bilhões). Também fizeram suas estreias no estudo DHL (81º), Land Rover (91º), FedEx (92º) e Hugo Boss (97º).
A metodologia para o Best Global Brands se baseia na análise das maneiras pelas quais uma marca atinge e beneficia uma organização, desde a influência sobre os resultados finais até a satisfação das expectativas dos clientes. A Interbrand examina três aspectos fundamentais: o desempenho financeiro dos produtos ou serviços da marca, o papel que a marca desempenha ao influenciar a escolha do consumidor e a força da marca para comandar preços premium, gerar lealdade ou garantir os lucros.
Assim como nos anos anteriores, as marcas brasileiras não entraram no ranking por não atenderem aos critérios. Segundo a Interbrand, algumas possuem valor financeiro, mas não têm presença global. “Cada vez mais as marcas líderes no Brasil estão buscando um posicionamento global, tornando a presença de uma marca brasileira entre as Best Global Brands uma questão de tempo”, projeta Daniella Giavina-Bianchi, diretora executiva da Interbrand Brasil.
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