B3 retira Braskem do Índice de Sustentabilidade Empresarial
Com desastre em Maceió, a Braskem deixa de integrar o índice da B3 na próxima sexta-feira, 8, cancela participação na COP28 e vê ações caírem
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Giovana Oréfice
5 de dezembro de 2023 - 11h52
A B3 excluiu a Braskem da carteira de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). O índice funciona como uma ferramenta de análise de sustentabilidade das empresas de capital aberto listadas na bolsa. Ele visa avaliar a sustentabilidade das companhias com base em indicadores de ESG.
Caso Braskem teve início em 2018 e voltou a ter desdobramentos nesta semana (Crédito: Caio/Adobe Stock)
A decisão, que passa a valer a partir de sexta-feira, 8, ocorre em meio à situação de emergência decretada pela Prefeitura de Maceió decorrente de tremores de terra registrados em bairros da cidade na última quarta-feira, 29. O fenômeno indica um possível colapso de mina de extração de sal-gema, um tipo de cloreto de sódio utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, da Braskem, na capital alagoana.
Devido à ocorrência, a B3 deu início a um Plano de Resposta a Eventos ESG no sábado, 2. Segundo a Bolsa, a decisão considerou os quatro pilares divulgados no Plano. O primeiro deles, o impacto ESG da crise, seguido pela gestão da crise feita pela companhia e o impacto de imagem da crise na empresa. Por fim, considera a resposta da petroquímica à crise.
Diante do acontecimento, a Braskem cancelou presença na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28). O evento está sendo realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Em comunicado, a empresa alegou que a decisão visa “evitar que o assunto sobrepujasse quaisquer outras discussões técnicas, dificultando eventuais contribuições que a empresa pudesse oferecer”, conforme indica a CNN. Afirmou também que segue acompanhando o evento e as discussões sobre as mudanças climáticas, uma vez que tem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e de crescimento com produtos mais sustentáveis.
Além disso, as ações da companhia na bolsa registraram queda.
O caso Braskem não é de hoje. Em março de 2018, os bairros Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Farol e Pinheiro, localizados em Maceió, sofreram tremores de terra. O fenômeno provocou rachaduras em residências e estabelecimentos comerciais, bem como o afundamento do solo. A ocorrência foi uma consequência das atividades de mineração feitas pela Braskem na região para a exploração do sal-gema.
Ao todo, 14 mil imóveis foram afetados e mais de 55 mil pessoas sofreram remoções emergenciais. Ainda, a área em que se encontra a mina da Braskem tornou-se um bairro fantasma.
As extrações eram realizadas em mais de 30 poços presentes nos bairros desde a década de 1970. Na época do primeiro desastre, a Braskem anunciou a paralisação dos trabalhos e até mesmo o fechamento de minas. Apesar disso, um relatório do Serviço Geológico do Brasil já apontava para a o afundamento do solo em décadas seguintes.
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