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Buscadores de diferenciação no marketing

Comparadores de preço como Zoom e Buscapé diversificam investimentos em comunicação para atrair consumidores e lojistas


24 de agosto de 2018 - 14h35

Mais de 11 milhões de ofertas e 400 lojas, divididas em 1,5 mil categorias, permeiam o Zoom, enquanto 25 milhões de mercadorias e 13 mil parceiros, o Buscapé. Ao longo dos anos, ambos os portais comparadores de preços e produtos construíram sua imagem no setor e desenvolveram um processo rigoroso de aprovação de lojas. O Zoom faz consultas na Receita Federal e Procon, pesquisa de relacionamento com o mercado e acompanhamento contínuo sobre a experiência de compra. O Buscapé, por sua vez, busca selecionar produtos com melhores descontos, relacionados com a temática da campanha que esteja rodando na ocasião, e está desenvolvendo um novo modelo de curadoria, que tem como objetivo melhorar o serviço prestado ao usuário.

 

Em 2014, para o Black Friday, Zoom criou a campanha “Clico ou Não Clico”. O vídeo teve a participação de Mr. Catra e Anderson, do grupo Molejo (crédito: reprodução)

“As ações de marketing revertem-se em um aumento do reconhecimento da nossa marca”, diz Nayla Pires, customer experience manager da Zoom (crédito: divulgação)

Lançado em 2011, o Zoom imprime sua identidade de marca principalmente por meio de redes sociais. O portal trabalha sua estratégia diferentemente para cada plataforma, com o objetivo de conversar com o consumidor em diversos momentos da jornada de compra. “Na cultura do Zoom e na estratégia de negócio, um ponto fundamental é ser referência de empresa costumer centric, ou seja, aquela que coloca o cliente no centro da tomada de decisão”, explica Nayla Pires, customer experience manager da empresa. O Zoom conta com um time de cinco profissionais de comunicação. De acordo com a profissional, o marketing da empresa interage praticamente com todas as áreas, mas principalmente com as equipes de produto, performance e recursos humanos. A agência de publicidade de Zoom é a Quintal, que trabalha para a empresa desde 2014.

Fábio Sakae, do Buscapé: empresa investiu pela primeira vez em TV aberta em 2017 (crédito: divulgação)

O Buscapé, criado em 1999, possui estratégias de comunicação e marketing para cada etapa de contato com seus clientes. Segundo Fábio Sakae, vice-presidente de marketing do portal, uma peculiaridade do negócio é que existem dois tipos de clientes, o consumidor e o lojista. “Como cada um desses públicos também se ramifica por diversas características, o Buscapé também personaliza suas estratégias, estudando e entendendo seus diferentes públicos para ativar o canal correto e atingir a personalização específica de cada um”, diz.

No caso dos consumidores, o Buscapé apresenta soluções para que encontrem ofertas de qualidade, com preços bons e com uma experiência de uso melhor. No de lojistas, deseja garantir audiência qualificada em uma plataforma que entrega resultados. O Buscapé investe R$ 40 milhões de seu orçamento em marketing. No total, a empresa possui 25 colaboradores nessa área e conta com o apoio de algumas agências como a Jotacom, com foco em branding, e a Mirum, voltada para performance.

A primeira grande aposta do Zoom em marketing foi com a campanha de Black Friday, realizada em 2014. A data naquele ano, segundo Nayla, já era um dos momentos mais fortes no calendário de varejo. No ano passado, os investimentos da empresa foram alocados principalmente para a Black Friday, por meio de ações de merchandising em programas de TV, ações no metrô do Rio de Janeiro e de São Paulo e nas bancas de jornal do Rio de Janeiro. “Foi a primeira vez que investimos em mídia out-of-home por acreditarmos que é necessário estar presente em diversos momentos da jornada de compra do consumidor”, acrescenta a customer experience manager do Zoom. Além disso, o portal aplicou seus esforços no digital, com influenciadores.

Neste ano, o Zoom fechou patrocínio com os times do Fluminense e do Vasco. Para Nayla, essa estratégia é focada em aumentar o awareness da marca e em garantir mais engajamento com o seu público.  “As ações de marketing revertem-se em um aumento do reconhecimento da nossa marca, validado por pesquisa e em um volume maior de buscas pela nossa marca no Google. Além disso, com o investimento na área, verificamos um fluxo maior de acessos no site e incrementos no download orgânico do aplicativo”, comenta a profissional.

Para o Buscapé, Dani Calabresa foi às ruas descobrir como o brasileiro faz para economizar (crédito: divulgação)

Assim como o Zoom, o Buscapé aposta em marketing desde seu início. Em 2017, a empresa impulsionou seus investimentos em redes sociais, por meio do YouTube, e em TV aberta. “No ano passado contamos com um crossing de comunicação completo, contemplando cada canal de ativação em cada etapa do funil”, aponta. O Buscapé ainda contou com estratégias de contato como o Blitz Buscapé, que abordou clientes nos bares de São Paulo com brindes para lembrar a Black Friday. Para essa data deste ano, a empresa terá ações off-line e online. “Isso garante que os consumidores tenham mais e melhores experiências com a marca, nutrindo assim o círculo virtuoso que culmina na ampliação da base de consumidores e fidelização deles”.

O Zoom ganha dinheiro de duas formas. O primeiro modelo é baseado em custo por clique (CPC). “Cada vez que um consumidor entra no site de um varejista por nosso intermédio, somos remunerados com um valor previamente definido”, clarifica Nayla. Além disso, os lojistas podem operar pelo modelo de negócio de marketplace, o que gera vantagem competitiva principalmente para as pequenas e médias lojas, que podem fazer um planejamento e delegar a operação para o Zoom. Já o Buscapé, além da publicidade em si, é comissionado quando um consumidor efetua uma compra (CPA) e por CPC. “O Buscapé agrega em sua plataforma vendas via marketplaces e também é comissionado por meio das vendas realizadas no seu site”, adiciona Fábio.

*Crédito da foto no topo: RawPixel/Pexels

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