Cabify e Easy unificam gestão
Marcas permanecem independentes, mas passam a operar sob os mesmos times de operações, tecnologia e marketing para expandir serviços de mobilidade na América Latina
Marcas permanecem independentes, mas passam a operar sob os mesmos times de operações, tecnologia e marketing para expandir serviços de mobilidade na América Latina
Karina Balan Julio
23 de janeiro de 2019 - 15h39
A Cabify e a Easy anunciaram a unificação de suas operações nesta quarta-feira, 23. As duas empresas, controladas pelo Grupo Maxi Mobility, já tinham uma parceria desde o final de 2018 para permitir que usuários chamassem táxis pelo aplicativo da Cabify, mas até então operavam de maneira independente.
A unificação das operações das duas plataformas vale para toda a América Latina e Península Ibérica. Os líderes da Easy Taxi passam a se reportar diretamente ao CEO e cofundador da Cabify, Vicente Pascual. A integração acontece em 12 países.
O venezuelano Jorge Pilo será o country manager para Cabify e Easy no Brasil. Nos últimos quatro anos, o executivo atuou como CEO Global da Easy. Ele conta que a união das operações dará mais fôlego para o crescimento orgânico das marcas.
“Não vamos comprar market share e ficar brigando por preço com outras plataformas, e sim focar na qualidade dos nossos serviços e na construção de marca”, diz Jorge, argumentando que o custo de aquisição de novos usuários é elevado no País.
“A união, direta ou indiretamente, vai nos ajudar a abrir mais espaço nos mercados onde já operamos e em cidades difíceis de penetrar. Vemos essa mudança como uma oportunidade. Existe boa vontade por parte dos usuários, condutores e das duas marcas, mas cada uma segue com sua identidade própria e uma proposta de serviços diferente”, acrescentou o CEO da Maxi Mobility, Juan de Antônio, em teleconferência com jornalistas.
O time de marketing também será integrado, mas com missões distintas. “Cabify mantém a comunicação focada em qualidade e segurança, e Easy mantém um tom amigável e democrático, disponível para todo o Brasil”, conta Jorge.
O Brasil está entre os três principais mercados da Cabify globalmente. A plataforma opera em sete cidades no País, enquanto a Easy opera em 58 municípios. Segundo o country manager, a Easy não deve chegar a novas praças brasileiras em 2019, mas há planos para expandir a Cabify para algumas regiões do Nordeste no segundo semestre.
Mobilidade em foco
A unificação das duas operações faz parte de um movimento de estruturação da plataforma MaaS (Mobility as a Service) da holding espanhola, que inclui o serviço de helicópteros sob demanda Voom e a plataforma de aluguel de patinetes Movo, ainda sem previsão de implementação no Brasil.
“Queremos gerar mais serviços e reduzir o tempo de espera dos usuários. Uma das principais vias para o nosso crescimento será dar mais opções aos usuários dentro de uma mesma plataforma. Sabemos que o carro particular é um inimigo comprovado da mobilidade, pois fica parado boa parte do tempo e dificulta a locomoção nas cidades. Vamos expandir as opções de transporte para que as cidades sejam mais habitáveis e melhores para se viver”, afirmou Vicente Pascual.
A Cabify também estuda incorporar no Brasil uma opção de pagamento com dinheiro, já adotada em mercados como Chile e Colômbia. “Ainda não aceitamos dinheiro no Brasil por uma questão de segurança, não só para o passageiro, mas também para o motorista. Quando o Brasil estiver preparado para isso, vamos implementar nosso sistema, que usa, inclusive, um mecanismo de autenticação de identidade”, afirmou Jorge Pilo.
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