Câmara aprova novo programa emergencial para setor de eventos
Perse prevê a concessão de R$ 15 bilhões, até 2026, em isenção de alguns impostos para empresas atuantes no segmento; algumas atividades econômicas foram excluídas do projeto
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Meio & Mensagem
24 de abril de 2024 - 12h09
O novo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) foi aprovado nessa terça-feira, 23, pela Câmara dos Deputados.
A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, visa manter alguns benefícios fiscais concedidos a empresas do setor de eventos por conta da pandemia de Covid-19.
Inicialmente, a ideia do projeto de Lei era reduzir gradualmente a isenção fiscal das empresas contempladas no Perse. Em março, porém, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que seria elaborado um novo projeto de lei, que contemplasse uma melhor fiscalização dos valores gastos na isenção dos tributos.
O projeto de Lei, que foi substituído por um novo texto da deputada Renata Abreu (Podemos-SP), determina um texto de R$ 15 bilhões em incentivos fiscais para o Perse até o ano de 2026.
Desta vez, contudo, o PL propõe o acompanhamento bimestral, pela Receita Federal, das concessões de isenção fiscal. A ideia é que o Perse seja extinto assim que for demonstrado que os R$ 15b bilhões previstos já foram gastos
No novo projeto de lei aprovado, foram reduzidos os setores econômicos contemplados com a isenção de impostos como IRPJ, CSLL, PIS e Cofins.
Até então, 44 diferentes atividades econômicas eram contempladas no Perse. A partir de agora, serão 30.
Foram excluídas do projeto de Lei, como beneficiárias do Perse, as produtoras de filmes publicitários, bem como as empresas de albergues, campings e pensões; empresas de locação de automóveis com motoristas; empresas de fretamento rodoviário e de organização de excursões; empresas de transporte marinho de passageiros e empresas especializadas em atividades de museus e exploração de lugares históricos.
Entidades que representam diferentes empresas que atuam no setor de eventos estão, nos últimos meses, atuando junto ao governo para defender a manutenção do programa emergencial.
A Associação de Marketing Promocional (Ampro) realizou uma pesquisa, junto de seus associados, que apontou que, caso o Perse fosse revogado hoje, apenas 20% das empresas do setor teriam saúde financeira para manter seu quadro de funcionários sem realizar demissões. Além disso, para 70% das empresas, o fim do Perse impactaria fortemente seu negócio.
A pesquisa da Ampro ainda apontou que mais de 88% das empresas consideram que o programa emergencial foi relevante para que as atividades fossem mantidas no período da pandemia. Mais de 97% dos afiliados da Ampro ouvidos na pesquisa fazem uso do benefício fiscal.
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