Carrefour muda operacao na Franca
Varejista vende sua participação de 50% no Grupo Altis e compra 57% do capital da Guyenne et Gascogne
Varejista vende sua participação de 50% no Grupo Altis e compra 57% do capital da Guyenne et Gascogne
Meio & Mensagem
13 de dezembro de 2011 - 8h30
A matriz do Carrefour, na França, acaba de realizar dois negócios que devem mudar o seu perfil de atuação por lá. A segundo maior varejista do mundo deve receber € 153 milhões pela venda de 50% de sua participação no Grupo Altis, que alcançou uma receita de € 499 milhões em 2010 proveniente de seis hipermercados, dez supermercados e quatro lojas de desconto da bandeira Carrefour no sudoeste da França, região considerada promissora para os negócios da companhia.
Além disso, o Carrefour comprou 57% do capital da Guyenne et Gascogne, que somou vendas da ordem de € 604 milhões em 2010, geradas a parir de seis hipermercados e 28 supermercados Carrefour, também situados no sudoeste francês. Segundo o jornal "Financial Times", o valor de mercado da Guyenne et Gascogne é estimado em € 585,5 milhões. O negócio fortalece a parceria que o Carrefour já tem com a Guyenne desde 1966. Por meio de uma joint venture, ambas operam a Sogara, rede com 13 hipermercados e vendas brutas de aproximadamente € 1,6 bilhão em 2010. A operação francesa responde por 43% das vendas globais do Carrefour, que totalizaram € 67 bilhões nos primeiros nove meses deste ano.
Cenário brasileiro
A América Latina corresponde a 12,5% das vendas mundiais do Carrefour. O Brasil é o principal mercado da região, com faturamento avaliado em R$ 29 bilhões em 2010, resultado originado pelas vendas de 500 lojas, entre supermercados, hipermercados, atacadistas e lojas de conveniência. Em 2011, o Carrefour só não foi comprado pelo Grupo Pão de Açúcar porque o empresário Abilio Diniz não chegou a um acordo com o seu sócio, o também francês Casino, rival do Carrefour na França. O Walmart também chegou a cogitar uma possível compra, que não avançou.
A eventual venda do Carrefour Brasil ganhou força depois que a sua matriz descobriu, em 2010, uma fraude contábil da ordem de € 550 milhões, originada por resultados inflados. A pressão para resgatar o investimento feito na reestruturação do grupo desde 2007 acirrou os ânimos com os acionistas, que vem cobrando uma performance melhor. Demissões, fechamento de lojas e mudança de bandeiras fazem parte de uma série de providências tomadas para reordenar a atuação do Carrefour e melhorar a sua performance nacionalmente.
Compartilhe
Veja também
Ambev investe em infraestrutura e cultura para celebrar os 25 anos
Aporte de R$ 1 bilhão em infraestrutura e edital de R$ 40 milhões para projetos de cultura e entretenimento exaltando a brasilidade fazem parte da festa, iniciada em 2024
Em homenagem a Gracyanne Barbosa, Méqui turbina Egg Burger
Pegando carona nos memes sobre os 40 ovos consumidos diariamente pela fisiculturista, participante do BBB 25, rede de fast food personaliza sanduíche com até dez ovos