Carros elétricos e híbridos: os investimentos das marcas automotivas no Brasil
Stellantis, Volkswagen, General Motors, Toyota, Hyundai, BYD e Renault concentram esforços no desenvolvimento de modelos mais sustentáveis pelos próximos anos
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Bárbara Sacchitiello
7 de março de 2024 - 18h04
O desenvolvimento de modelos híbridos ou elétricos e a transição gradativa para uma atuação mais sustentável. São esses os planos principais das fabricantes de automóveis ao anunciarem, desde o início de 2024, seus planos de investimentos no mercado brasileiro.
O mais robusto deles foi apresentado nessa quarta-feira, 6, pela Stellantis, detentora das marcas Fiat, Jeep e Chrysler. Entre 2025 e 2030, a previsão da montadora é investir R$ 30 bilhões em sua fábrica no País.
O movimento foi classificado pela própria companhia como o maior plano de investimentos da história da indústria automotiva no Brasil. O montante deve ser direcionado para o lançamento de, no mínimo, 40 novos produtos, além do desenvolvimento da tecnologia bio-hybrid, um motor flex que pode ser abastecido tanto por eletricidade quanto por etanol.
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A Stellantis foi a mais recente, entre as grandes companhias automotivas, a comunicar seus planos de investimentos no Brasil. Desde janeiro, Volkswagen, General Motors, Toyota, Hyundai e também a fabricante de veículos elétricos BYD apresentaram ao Governo Federal e à imprensa os planos de lançamentos e de investimento em tecnologias no território nacional.
Além da Stellantis, veja, abaixo, os principais planos divulgados por cada uma das montadoras:
Também nesta semana, a Toyota comunicou um investimento de R$ 11 bilhões no Brasil até 2030. Desse montante, R$ 5 bilhões serão utilizados até 2026, no desenvolvimento de um novo modelo híbrido flex.
O restante do valor deve, segundo a montadora, ser direcionado para incrementar a capacidade de produção e investir no desenvolvimento de modelos eletrificados no País.
A previsão da Toyota, também, é criar 2 mil novos empregos diretos no País ao longo do período.
No início de fevereiro, a Volkswagen anunciou que, ao longo dos próximos anos, pretende investir R$ 16 bilhões no mercado brasileiro.
Como meta, a fabricante tem a proposta de zerar as emissões de carbono até o ano de 2050.
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O CEO da Volkswagen, Ciro Possobom, contou que serão lançados 16 novos modelos no Brasil até ano de 2028.
Nessa conta, não está considerada, ainda, a produção nacional de veículos elétricos, algo que a Volkswagen pretende iniciar daqui a alguns anos.
Em uma etapa que classificou como a primeira fase de seu novo ciclo de investimento para suas operações no Brasil, a General Motors prometeu direcionar R$ 7 bilhões entre este ano, 2024, até o ano de 2024.
Em uma solenidade realizada em Brasília, a GM, proprietária da Chevrolet, disse que o investimento, que será direcionado às suas fábricas, tem o objetivo de renovar o portfólio de veículos, desenvolver tecnologias inovadoras e customizadas ao mercado brasileiro e, também, projetar novos negócios, que sejam mais eficientes do ponto de vista energético e ambiental.
O presidente da General Motors na América do Sul, Santiago Chamorro, disse que este é o período de maior transformação da companhia na história do País.
Os investimentos e planos já tem em vista a celebração dos 100 anos da empresa no Brasil, que serão completados em 2025.
Com a ideia de impulsionar o mercado de veículos elétricos no Brasil, a chinesa BYD também apresentou ao Governo Federal, em janeiro, seu plano para o território nacional.
O plano de investimentos contempla a injeção de R$ 3 bilhões no complexo de Camaçari, localizado na Bahia, que será a primeira fábrica da montadora fora do mercado asiático.
A ideia da BYD é produzir 150 mil carros por ano, gerado mais de 10 mil postos de trabalho, diretos e indiretos. No mesmo complexo, a montadora pretende criar um centro de pesquisas e desenvolvimento tecnológico para desenvolver um motor híbrido flex.
Em encontro realizado no Palácio do Planalto, em fevereiro, a Hyundai anunciou um investimento de US$ 1,1 bilhão no Brasil até o ano de 2032.
Esses valores devem ser direcionados, de acordo com a fabricante sul-coreana, primordialmente ao desenvolvimento de carros híbridos, que combinem motores movidos a energia elétrica e hidrogênio verde.
Segundo a companhia, a ideia é ampliar a equipe de engenharia em território brasileiro para desenvolver, localmente, o hidrogênio que já é utilizado como combustível pela Hyundai em outros mercados.
Nesta semana, a montadora apresentou no País os novos modelos da categoria de SUVs: os importados Palisade e Santa Fe, que começam a ser vendidos no Brasil e que também chegam com versões elétricas.
Ainda no ano passado, no início de dezembro, a Renault já havia comunicado o investimento de R$ 2 bilhões no mercado brasileiro, mais especificamente no polo de produção de São José dos Pinhais, no Paraná.
A montadora completou 25 aos de produção em território brasileiro e colocará no mercado, já neste mês de março, o novo modelo Kardian.
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