Casa Nubank no Ibirapuera: a polêmica entre Prefeitura, Urbia e banco
Secretaria Municipal interpretou que modelo de ativação diverge da proposta de concessão; gestora do parque garante que modelo de ativação comercial é prevista em contrato
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Bárbara Sacchitiello
24 de fevereiro de 2025 - 12h20
Espaço do banco no Parque do Ibirapuera é aberto aos clientes da categoria Ultravioleta (Crédito: Divulgação)
Aberta no dia 27 de novembro de 2024, no Parque do Ibirapuera, a Casa Nubank Ultravioleta pode ter de encerrar as suas atividades. A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), determinou a suspensão imediata do espaço na última sexta-feira, 21.
De acordo com a reportagem, publicada inicialmente pelo UOL, a questão é que, na interpretação da SVMA, a ativação do Nubank restringia o acesso ao público, pelo fato de permitir a entrada somente de clientes da categoria Ultravioleta. Isso, portanto, divergia da proposta do uso do espaço público pelo modelo de concessão.
O espaço do Nubank foi anunciado no ano passado e visava oferecer serviços e um ponto de apoio aos clientes da categoria de mais alta renda da instituição. A Casa Nubank Ultravioleta tem vestiários, duchas, toalhas, armários, itens de higiene, lanches, cafés e bebidas, além de wi-fi.
De acordo com o Nubank Ultravioleta, a ideia do espaço veio a partir de uma pesquisa, feito pelo Instituto Ipsos, que apontou que 7% do tempo da população adulta no Brasil é gasto no trânsito, enquanto somente 4% do tempo é dedicado às práticas esportivas e 2% às atividades ao ar livre.
Em comunicado enviado à reportagem de Meio & Mensagem, a Urbia, empresa gestora do Parque do Ibirapuera, afirma que apresentará formalmente sua manifestação dentro do prazo estipulado.
“Todas as atividades estão em conformidade com a legislação vigente e o Contrato de Concessão, que prevê autonomia para viabilizar parcerias e iniciativas voltadas à melhoria dos serviços oferecidos no Parque”.
A gestora do Ibirapuera relembra, no comunicado que desde 2020 assumiu todo o custeio do parque, que somou um valor superior a R$ 80 milhões em 2024 e que, desde o início da concessão, já foram contabilizados mais de R$ 250 milhões em investimentos na infraestrutura e restauro do patrimônio histórico do parque.
“Todos os custos e investimentos são de responsabilidade da concessionária, não havendo nenhum recurso público, e isso só é viabilizado através das atividades comerciais, incluindo os patrocínios, conforme expressamente previsto no Contrato de Concessão. Este modelo de gestão de parque urbano é inovador, têm apresentado crescentes níveis de satisfação pelos usuários e inspirado outras iniciativas por todo o país”, diz a Urbia.
Também por meio de comunicado, o Nubank afirmou nesta segunda-feira, 24, que não recebeu notificação sobre o tema e que “está comprometido em cumprir com todas as legislações aplicáveis”.
Já a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) disse à reportagem, via comunicado enviado nesta segunda-feira, 24, que segue em tratativas com a Urbia a fim de avaliar os aspectos contratuais pertinentes ao caso.
“Neste momento, a empresa está dentro do prazo legal concedido para manifestar seu entendimento. Após isso, o departamento jurídico da SVMA deverá dar sequência às avaliações e determinações. Por fim, a pasta reitera seu comprometimento em garantir que todos os eventos e atividades estejam em conformidade com as normas estabelecidas, para o bem de toda a população e da cidade.”, encerra a SVMA.
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