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Causa animal também segue mobilizando doações no RS

Cobasi, Petlove, Elanco e outras marcas engajaram equipes e doaram ração para animais domésticos ao mesmo tempo que a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estuda o impacto para criação animal na região


14 de maio de 2024 - 15h38

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População resgata animais no Rio Grande do Sul (Crédito: Divulgação)

No Rio Grande do Sul, as chuvas também afetaram tragicamente a vida animal ao longo das últimas semanas. Nesse período, centenas de corpos foram encontrados, após o transbordar dos rios. Para contribuir com o resgate e recuperação desses animais, marcas do segmento se mobilizaram e enviaram à região comida e mão de obra especializada.

O grupo Petlove&Co, por exemplo, que possui no estado um escritório e um centro de distribuição, fez a doação de dez toneladas de ração para organizações. Dentre as quais, estão a Defesa Civil no estado, Força Área Brasileira (FAB), Instituto Caramelo e o Grupo de Resposta a Animais em Desastre (GRAD).

Apesar de não ter enviado equipes diretamente, a marca está apoiando a iniciativa dos muitos voluntários atuando no Rio Grande do Sul. Além disso, durante seis meses, todos os animais domésticos resgatados na região de Gravataí e Canoas terão o plano de saúde subsidiado pela empresa. Em São Paulo, a marca disponibilizou o “petcar ” como centro de coleta de ração e outros itens.

Outra empresa que também está contribuindo para assegurar o bem-estar animal no Rio Grande do Sul é a Elanco Animal Health. Além de disponibilizar equipes de veterinários para o resgate, a empresa doou medicamentos veterinários dos mais variados, totalizando quase 11 mil produtos. Essa doação acontece em parceria com a ONG Associação 101 Vira-latas, que irá redistribuir localmente na região de Viamão e Porto Alegre. Com isso, a expectativa é que 22 mil animais sejam tratados pelos produtos arrecadados. Contudo, a marca também atuou na doação de produtos para as famílias de tutores, ao comprar e enviar 10 mil kits alimentícios, marmitas e fórmulas infantis.

O que está sendo feito no Rio Grande do Sul?

Desde a semana passada, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul contabilizou mais de 10 mil animais de estimação e silvestre resgatados. Dentre os quais estava o cavalo que tinha ficado ilhado em cima do telhado na cidade de Canoas. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema/RS), após o resgates, o bichos são encaminhados para tratamento veterinário. Sobretudo os animais os domésticos são encaminhados de volta aos tutores ou a abrigos públicos.

Nas redes sociais, perfis como @acheseupetrs, @dogs_enchenters e @tosalvoanimais reúnem mais de um milhão de seguidores. As páginas buscam servir de ponte entre os pets perdidos e seus donos. Além disso, outras marcas estão contribuindo no resgate e segurança da vida animal no Rio Grande do Sul. A Cobasi Cuida, pilar social da Cobasi, fez a doação de duas toneladas de ração para a ONG Anjos de Patas.  A marca também fez a doação de outros 800 itens variados, como camas, comedouros e produtos de limpeza.

Ao mesmo tempo, a marca firmou uma malha de doações ao utilizar as unidades distribuídas em quatro regiões, incluindo Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Do mesmo modo, a Petz mobilizou 29 lojas em oito estados para receberem doações e enviou  três toneladas de ração e 550 casas e caixinhas de transporte para pets. Além disso, a BRF Pet fez a doação de mais de cinco toneladas de ração, além de outros produtos e mobilizou as doações pelo Fundo de Ajuda Humanitária do Instituto BRF.

Qual o impacto da pecuária?

Para Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a estimativa é que ao menos dez unidades de produção de carne de aves e suínos foram afetadas – algumas podem estar totalmente paralisadas ou com dificuldades extremas para operar. Além de enfrentarem o isolamento pela obstrução de rodovias.

Com estimava de voltar a operar normalmente daqui a 30 dias, aproximadamente, o impacto na cadeia de produção de alimentos pode ser agravado, Na região do Vale do Taquari, por exemplo, são abatidos quase dois milhões de porcos por ano. Além disso, quando a catástrofe estava em andamento em Harmonia, no Vale do Caí, dezenas de frangos morreram afogados. No Globo Rural, agricultores contam como lidaram com as torrentes de água que chegavam até os criadouros.

Para a ABPA, o número de animais da agricultura resgatados ainda é proporcionalmente baixo, Sobretudo, tendo em vista os esforços focados em salvar a própria população das cidades e no resgate de animais domésticos, como cães e gatos. Nesse sentido, para a associação, as espécies criadas para consumo acabam não sendo priorizadas, mesmo que o Rio Grande do Sul seja um dos principais produtores de carne do País.

De acordo com o IBGE, o estado acumula um rebanho de quase 12 milhões de bovinos, 573 mil de porcos e 22 milhões de galináceos. A Confederação Nacional dos Municípios aponta para o prejuízo de mais de R$ 1 bilhão nas atividades agropecuárias.

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