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CEO da P&G: pauta racial é prioridade número 1 em diversidade e inclusão

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CEO da P&G: pauta racial é prioridade número 1 em diversidade e inclusão

André Felicíssimo participou da formatura da segunda turma de Criação do projeto Cria da Quebrada, patrocinado pela companhia e realizado com apoio da Miami As School, Grey e Indique uma Preta


20 de março de 2025 - 6h00

André Felicíssimo, CEO da P&G (de blazer cinza), com os formandos do Cria da Quebrada, a paraninfa Camilla de Lucas, PA Biondi, da Miami Ad School, e Manir Fadel, CEO da Grey (Crédito: Divulgação)

Um edifício histórico no centro de São Paulo foi o palco da formatura, na noite de terça-feira, 18, da segunda turma do curso de Criação do projeto Cria da Quebrada, promovido pela P&G, em parceria com a Miami Ad School, Grey e Indique uma Preta.

O projeto visa a formação de jovens profissionais negros para atuarem no mercado publicitário brasileiro. Nesta semana, 20 jovens criativos celebraram a formatura – antes deles, outros 27 tinham recebido seus certificados em Planejamento, curso que passou a fazer parte do Cria, na segunda edição do projeto.

A cerimônia de formatura contou com a presença da influenciadora Camilla de Lucas como paraninfa (ela também é embaixadora da marca Pantene, assim como a cantora Iza) e os alunos que, na avaliação dos professores, fizeram os três melhores portfólios receberam bolsas para um curso mais completo de um ano e meio na Miami Ad School.

Agenda em evolução

André Felicíssimo, CEO da P&G, prestigiou a formatura e, em entrevista ao Meio & Mensagem, comentou a importância de manter investimentos em diversidade e inclusão, a despeito de uma onda de retrocessos: “Vocês da mídia vão poder nesses momentos saber separar o joio do trigo: quem entrou em inclusão porque era uma moda e que empresas fazem e falam em inclusão porque, de fato, acreditam”, ressaltou.

O executivo destacou que a centenária companhia de bens de consumo começou a lidar com essa pauta primeiro pela questão de gênero. Com isso, ressaltou a presença feminina em fábricas, escritórios e entre o time de cientistas. Elas são 55% dos profissionais trabalhando no Centro de Inovação que fica no complexo fabril de Louveira (SP), por exemplo. Há cerca de dez anos, a inclusão LGBT também passou a ser tratada de modo mais intencional e, em seguida, a pauta racial. “Minha prioridade número 1, hoje, em temas de inclusão é o racial. E começa dentro de casa. Ainda não representamos a sociedade, mas estamos crescendo a passos largos”, disse o CEO.

O objetivo da P&G, no aspecto racial é ter 50% de representação no total da empresa (hoje estaria em pouco mais de 30%), assim como melhorar os índices de inclusão racial em todos os níveis hierárquicos. “Vai demorar um tempinho, porque a P&G é uma empresa que desenvolve talentos de dentro e começamos recentemente a recrutar. Já tenho gerentes, alguns diretores, mas não tenho diretor sênior, vice-presidentes. Aos poucos, vamos desenvolvendo, mas começa em casa”.

Já o Cria da Quebrada é um projeto que considera a necessidade de inclusão nas comunicações da marca – que é um dos maiores anunciantes do mundo – tanto na frente quanto por trás das câmeras. “E não vamos parar aí. Vamos pensar no que mais podemos fazer”, promete o CEO, para quem as iniciativas ajudam a companhia a entender e servir todos os consumidores, inclusive em relação a suas necessidades específicas em desenvolvimento de produto.

Na pele

Autor do segundo melhor portfólio da turma de 2025 do Cria da Quebrada, Emerson Santos chegou ao Cria da Quebrada num momento de dificuldade, em que se viu desempregado após uma passagem pela FCB. “Sempre sonhei em estudar na Miami, mas via como algo distante, porque venho de uma quebrada no quilômetro 15 da Raposo (rodovia Raposo Tavares), chamada Jardim Jaqueline, e cresci ali vendo meus amigos partindo para trabalhos mais braçais, alguns se perdendo na vida em caminhos errados. E o Cria me abriu um leque de oportunidades que não sei como descrever”, diz.

Antes da FCB, Santos tinha trabalhado no time de conteúdo da Mutato e, depois do Cria, teve oportunidade de trabalhar em projetos pontuais para a DPZ como estrategista de conteúdo, mas já com uma pegada mais criativa, e acaba de ser contratado pela DM9 como community manager para a conta de iFood.

Ao receber seu certificado, ele ressaltou que existem agências que gostam de “ostentar diversidade e não incluir de fato”, daí a importância de, por meio do Cria da Quebrada, ter conseguido desenvolver uma rede de colegas que o faz, de fato, se sentir pertencendo ao mercado.

Paulo André Bione, sócio e diretor acadêmico da Miami Ad School, por seu turno, enfatiza a preocupação de que os estudantes recebam, realmente, suporte para que seus portfólios tenham uma potência que faça diferença em suas carreiras: “E o que é mais legal nesse projeto é que a transformação dos alunos também é a transformação das famílias. Muitas vezes, é a primeira oportunidade de ter uma carreira e viver bem. Fico feliz de sermos o comecinho disso tudo e com os melhores parceiros do mundo, Ketchum, Grey, Indique uma Preta e P&G”. Ele reconhece que “dá trabalho”, mas o final é “eletrizante”. E emenda: “Temos que valorizar empresas que acreditam nesse movimento de inclusão e diversidade. E a ideia é que o projeto consiga ter várias edições”.

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