CEO da Stone destaca inovação como vantagem competitiva
Segundo Augusto Lins, o novo normal estabelecido pela crise derivada da pandemia é um mundo mais digital no sentido amplo da palavra
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Luiz Gustavo Pacete
29 de abril de 2020 - 6h00
Em 2018, quando estreou na NASDAQ, bolsa de valores dos Estados Unidos especializada em empresas de tecnologia, a empresa de meio de pagamentos Stone tinha seis anos de vida ocasião em que se tornou o quinto unicórnio brasileiro, ou seja, empresas com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão. Hoje, a Stone é avaliada em US$ 11 bilhões. O foco em construção de marca se consolidou em julho de 2019 quando a empresa realizou uma joint-venture com o Grupo Globo em um formato conhecido como “media equity”, quando parte do valor investido pelo grupo se transformou em mídia.
Ao Meio & Mensagem, Augusto Lins, CEO da Stone, reforça, em entrevista, a importância e o novo significado do conceito de inovação em um momento como o atual. O conteúdo pode ser lido na íntegra, de forma gratuita até o final deste mês, na seção Acervo do portal Meio & Mensagem. “Encaramos o momento como um período importante para aprendizados. É um chamado à reinvenção. Em meio a esse contexto complexo, descobrimos que somos mais criativos e que conseguimos inovar como pessoas, empresa e setor. Ter essa capacidade é uma grande vantagem competitiva que empresas modernas precisam ter. A partir dessa crise, todas as empresas, consumidores e profissionais serão mais digitais”, diz Lins.
De acordo com Lins, vem sendo observado um aumento do uso de pagamentos eletrônicos neste período. “Estamos nos estruturando para superar com o menor impacto. O cliente terá uma redução no volume de vendas, existindo segmentos duramente afetados como lazer e turismo. O volume do cliente caiu, em especial nos locais onde teve o lockdown. De um dia para o outro, o governo determinou que o lojista tem que baixar a porta e, com isso, os volumes caíram abruptamente. Entretanto, tem outras regiões que o vírus demorou para chegar, tem locais que o vírus ainda não chegou. Tem ainda tem outra situação que é o aumento da volumetria, como é o caso do mercadinho, de farmácias e do e-commerce.”
Sobre os impactos que essa situação pode causar no segmento de finanças, Lins explica que a indústria de meios de pagamento e financeira no Brasil sempre foi muito verticalizada e muito concentrada. “Muitas empresas não tinham acesso ao e-commerce, não sabiam como vender on-line, ou como utilizar os telefones e a tecnologia mobile. Para isso, levamos nosso conceito de plataforma aberta com uso intensivo de serviços on cloud para ter alta disponibilidade e alta escalabilidade e isso só foi possível pois, como uma empresa de tecnologia, prezamos por desenvolver internamente ferramentas baseadas em inteligência artificial e analytics.”
“Marcas fortes têm um papel muito importante. Por exemplo, elas geram credibilidade através da sua comunicação. Em um momento que tem muita notícia imprecisa, e até enviesada, ou que a histeria tomou conta das televisões e das redes sociais, o consumidor e o micro, pequeno e médio empreendedor, procuram as marcas que eles confiam para ter informação de qualidade e buscar referências. No nosso caso, aproveitamos o momento para divulgar informações, realizar treinamentos e oferecer apoio para todo mundo superar esse momento e passar por essa crise”, reforça.
A íntegra desta reportagem está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que até o fim de abril pode se acessada gratuitamente pelo plataforma Acervo (www.meioemensagem.com.br/acervo), onde também está disponível a consulta a todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.
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