Cielo lança celular-maquininha num só dispositivo
Os aparelhos, que também serão vendidos por Claro e TIM, podem ser desmembrados e usados separadamente; empresa anunciou também o QR Code Pay
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Sergio Damasceno Silva
18 de setembro de 2018 - 17h13
A Cielo apresentou nesta terça-feira, 18, a LIO+, um dispositivo híbrido que une um smartphone a uma maquininha de cartão (ou POS – points of sales, que é o nome desses equipamentos) que se acoplam por meio de um snap (encaixe magnético que permite conexão imediata entre o celular e o módulo de pagamento) e se tornam um aparelho 2 em 1. E também, quando desacoplados, funcionam individualmente como celular e máquina de pagamentos da Cielo. É uma iniciativa inédita no mercado global de POS. O equipamento foi desenvolvido pela brasileira Quantum, fabricante de Curitiba (PR) como unidade de negócios da Positivo Tecnologia. A empresa também abre uma nova frente de canais e passa a comercializar a Cielo LIO+ por meio das operadoras Claro e TIM. A LIO+ poderá ser adquirida nos canais dessas teles.
Simultaneamente ao lançamento do dispositivo, a Cielo anunciou o QR Code Pay, que funcionará como um meio de pagamento pelo qual o consumidor poderá pagar compras nas máquinas Cielo por meio da leitura do QR Code diretamente na tela da maquininha. Basta ser portador de um celular com câmera. É uma réplica do sistema chinês de pagamentos. Na China, qualquer pagamento pode ser feito via captura de QR Code. O vice-presidente executivo de produtos, negócios, inovação e marketing da Cielo, Danilo Caffaro, afirma que as transações chinesas por esse sistema equivalem a US$ 9 trilhões, ou 30 vezes mais do que o mercado brasileiro de cartões. No Brasil, as carteiras digitais (eWallet ou digital wallets), que operam por meio da tecnologia Near Field Communication (NFC), cobrem menos de 7% do País. Com o QR Code, quaisquer dispositivos com câmeras podem fazer pagamentos. Estima-se que os brasileiros portam mais de 220 milhões de aparelhos ativos atualmente. O QR Code Pay já está disponível nas maquininhas e na LIO+ e, até o final deste ano, será implantada também para soluções de e-commerce, TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), in-app, mobile, app da Cielo e a outra POS da empresa, a LIO.
Inicialmente, o QR Code Pay pode ser usado por clientes do Banco do Brasil, Bradesco, o digital Agibank, a empresa de benefícios Alelo, o app de pagamentos PicPay e o programa de recompensas Livelo. E admite os cartões das bandeiras Elo, Visa, Mastercard e American Express. O potencial de usuários é de 40 milhões de pessoas.
Os lançamentos da Cielo chegam num momento em que o mercado de pagamentos e de POS está em alto nível de competição com players tradicionais como Rede (Itaú), PagSeguro (UOL), Vermelhinha (Santander) quanto com entrantes como recentemente, entrantes como Izettle, Adyn, Stone e Global Payments. Um dos elementos dessa competição é a aquisição das maquininhas (e não mais o aluguel) pelos estabelecimentos. A Cielo LIO+, por exemplo, pode ser adquirida em até doze vezes. É a mesma estratégia usada pelo PagSeguro, em algumas de suas ofertas.
Em outro aspecto, o executivo da Cielo afirma que, com um equipamento que une smartphone à maquininha, a digitalização do empreendedor pode ser intensificada. Calcula-se que 30% dos brasileiros que trabalham (em atividades que vão do pipoqueiro ao artesão, da microempresária de bolos à proprietária de salão de beleza) são empreendedores (que chegam a 26 milhões de brasileiros). Esse contingente movimenta R$ 1 trilhão anualmente e 71% dessas pessoas, conforme levantamento do Instituto Locomotiva para a Cielo, sequer têm CNPJ. Desse total, apenas 35% têm lojas ou escritórios próprios e 46% ainda não têm qualquer acesso à internet. Essa é a oportunidade que a Cielo enxerga para expandir a maquininha que já vem com o celular.
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