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Com alertas e bloqueio, bancos começam a reagir às casas de apostas

Nubank e Bradesco enviam alerta a usuários no momento das transações para bets e C6 Bank bloqueou o pagamento com cartões de crédito e cheque especial


20 de fevereiro de 2025 - 13h21

bancos bets

(Crédito: Shutterstock)

Em meio à proliferação das empresas de apostas no território brasileiro, também crescem os debates sobre os gastos e eventuais endividamentos de parte da população com as bets.

Um estudo do Banco Central divulgado em setembro do ano passado apontava que, até aquele mês, os valores brutos recebidos pelas empresas de jogos de azar e apostas durante 2024 girava em torno, em média, de R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões por mês. Desse valor, o Banco Central estimava que a retenção por parte das bets fosse de aproximadamente 15%.

Conforme aumentam as conversas a respeito dos possíveis impactos das casas de apostas para as finanças da população e para a sociedade, de forma geral, algumas instituições bancárias começam a tomar medidas para, de alguma forma, alertar as pessoas a respeito da prática de apostar.

Em alguns casos, a iniciativa não foi apenas alertar. O C6 Bank começou a bloquear o uso do cartão de crédito ou do cheque especial para os clientes fazerem apostas.

A notícia foi publicada pela Folha de S.Paulo nessa quarta-feira, 19, e, posteriormente, confirmada pelo banco à reportagem de Meio & Mensagem.

“Atento ao cenário de superendividamento da população com jogos de apostas, o C6 Bank adota como política o bloqueio do uso do cartão de crédito e do cheque especial para a realização de apostas em casas de bets”, diz o comunicado do banco.

Assim, os clientes do C6 Bank que estiverem com o saldo da conta negativo não poderão fazer transferência e pagamentos a casas de apostas. Da mesma forma, o cartão de crédito do banco não será aceito para transações do tipo.

Nubank e Bradesco emitem alertas

Enquanto o C6 Bank limitou alguns tipos de transações para empresas de apostas, outros bancos não chegaram a determinar ações do tipo, mas vem procurando alertar os correntistas que fazem apostas online.

O Nubank, por exemplo, começou a enviar, em janeiro, uma mensagem, pelo próprio aplicativo do banco, aos clientes no momento de transações para empresas de jogos ou apostas.

“Considere antes de seguir – Alguns desses jogos são legalizados no Brasil, mas não garantem ganhos nas apostas. Tem certeza de que quer continuar com a transferência?”, pergunta o banco, antes de o cliente concluir a operação.

De acordo com o informado pelo Nubank, a mensagem segue sendo enviada aos clientes.

À reportagem, o banco declarou, via assessoria de comunicação, que está sempre em busca de oportunidades para melhorar a experiência dos clientes. “Realizamos com frequência testes de novos produtos e soluções para uma pequena parcela da base de usuários. Quaisquer novidades ou atualizações serão compartilhadas no momento oportuno”, declarou o banco.

O Bradesco é outra instituição financeira que também passou a convidar os clientes a refletirem se realmente desejam direcionar seu dinheiro a empresas de apostas. Pelo aplicativo, o banco também passou a exibir um aviso, quando o correntista faz um Pix para uma empresa do tipo.

“Apostas não garantem retorno financeiro e o dinheiro pode ser totalmente perdido. Cuide de sua saúde financeira e procure opções mais seguras para valorizar o seu dinheiro”, diz a mensagem que está sendo enviada pelo banco.

O Bradesco, contudo, destaca que a iniciativa não impõe restrição às transações dos clientes, que podem dar continuidade à operação, após a mensagem.

“A iniciativa tem caráter meramente informativa, sem impor restrições às transações dos clientes. O objetivo é oferecer ferramentas que ajudem os clientes a gerenciar seus recursos”, diz o banco, em comunicado enviado à reportagem.

Mensagens de ‘jogo responsável’ ganham espaço entre as bets

Os debates sobre as apostas esportivas e seus efeitos na economia e na vida das pessoas vêm fazendo com que as próprias empresas do setor alterem a abordagem com que promovem seus serviços em campanhas de publicidade e marketing.

Desde o ano passado, passaram a ser mais frequentes as campanhas que abordam o chamado ‘jogo responsável’, classificando o ato de apostar como uma opção de entretenimento e não como alternativa para ganhar dinheiro rapidamente.

Empresas como Betnacional, Esportes da Sorte e Superbet são alguns exemplos de marcas que vem procurando levar uma mensagem contra o excesso de jogos.

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