Com rebranding, Creditas foca em conexão e crescimento sustentável

Rafaela de Oliveira
2 de dezembro de 2024 - 9h00

Creditas apresenta nova marca e busca ampliar o conhecimento do empréstimo com garantia no Brasil (Crédito: Divulgação)

A Creditas, plataforma de serviços financeiros, apresenta seu rebranding com mudanças que abrangem novo logo, identidade visual, posicionamento e uma campanha 360 graus.

Com isso, o objetivo é realizar uma comunicação mais próxima dos produtos de crédito com garantia com os consumidores, bem como fazer parte do momento de crescimento sustentável do negócio.

O processo de rebranding foi realizado pelo time de marketing e criação da Creditas, em parceria com o estúdio de design Rebu.

“Para realizar o reposicionamento, a plataforma de marca foi revisitada, indo além da mudança visual do logo e sendo revisado o tom de voz, a personalidade, os valores e princípios da empresa”, conta Lucas Madeira, gerente de estratégia de marca da Creditas.

O executivo aponta que a atualização da marca visa colocar o consumidor no centro, e deixá-la com mais personalidade.

“A nova comunicação tem um tom um pouco mais provocativo para fazer as pessoas saírem do piloto automático”, acrescenta Ana Whittaker, diretora de marketing estratégico da Creditas. “Queremos fazê-las repensarem a forma como acessam empréstimos, mostrando que existem outras possibilidades de terem produtos financeiros acessíveis e fáceis”, diz.

A partir do mote “Creditas, a garantia do seu próximo passo”, a empresa quer demonstrar como seus serviços se tornam parceiros dos clientes em diferentes momentos de suas vida financeira, seja por meio de produtos de crédito saudável, como o empréstimo com garantia de imóvel, veículo ou salário, ou para auxiliar os clientes no aprimoramento de suas finanças pessoais, com a educação financeira.

“Foi uma maneira que encontramos de falar não só do produto mas também do consumidor, mostrando que temos alternativas para as pessoas independente de seus passos, seja para pagar dívidas ou alavancar planos de investimento”, ressalta o gerente de estratégia de marca.

Modelo de negócios

Fundada integralmente no digital em 2012, a Creditas é fruto da indignação de seu fundador, Sergio Furio, que questionava o motivo do crédito no Brasil ser o mais caro do mundo. Dessa inquietação, a companhia passou a utilizar a tecnologia para criar produtos de crédito com garantia com escala, usando os três principais ativos dos brasileiros: a casa, o carro e o salário.

“Chegamos à conclusão de que o brasileiro não é muito endividado, e sim mal endividado. A partir disso, criamos um portfólio que hoje contém 12 produtos”, diz Ana Whittaker.

Nesse sentido, o rebranding da Creditas retoma o DNA empreendedor explorado no início de sua história. “Desejamos resgatar esse inconformismo à medida que combinamos inovação e tecnologia, criando uma conexão mais emocional com o consumir, trazendo proximidade no relacionamento”, explica a diretora de marketing estratégico.

Comunicando o novo momento

A campanha de reposicionamento da Creditas tem três filmes para materializar esse novo momento da marca, além de peças digitais, influenciadores, entre outros recursos que englobam uma estratégia 360.

Os filmes, desenvolvidos pela Euphoria, serão majoritariamente veiculados em digital, com projeção de durar, no mínimo, um ano. O primeiro vídeo tem um valor institucional, trazendo um novo jeito de olhar para o crédito no País.

“Os outros dois filmes são de produto, que partiram de uma verdade cultural sobre as pessoas perderem o sono quando estão endividadas”, aponta Marcelo Rizério, co-founder e chief creative officer da Euphoria Creative. “Criamos um olhar positivo sobre essa situação, sugerindo que com Creditas, o cliente não perderá o sono, e sim dormir como nunca”, pontua.

Com foco inicial em um operário de obras que manuseia uma britadeira, o segundo filme mostra o personagem gritando todos os benefícios e vantagens de utilizar o serviço da Creditas. Quando a cena se expande, observa-se que ele está dentro do quarto de uma família, ao lado da cama de um casal, que dorme tranquilamente.

Por fim, o último filme tem a mesma lógica de posição, com a câmera fechada em uma menina que toca bateria enquanto fala em um tom mais alto os benefícios da empresa de crédito. Na cena seguinte, percebe-se que a personagem está ao lado da cama dos pais, que não acordam com o barulho.

“Acredito que conseguimos fazer uma campanha criativa e provocativa para acabar com a apatia, considerando que as pessoas estão constantemente conectadas com muitas mensagens e conteúdos publicitários, mostrando que é preciso fazer algo interessante para chamar a atenção”, completa Rizério. Os comerciais foram feitos pela produtora Crème Company, com direção de cena da dupla Manimou. A produçao de som é da Loud+.

Trajetória de crescimento

Entre 2019 e 2021, a Creditas passou por um período de crescimento acelerado, alcançando o status de unicórnio e expandindo sua atuação no mercado nacional e no México.

Enquanto que em 2022 e 2023, a fintech ingressou em outra fase do negócio, em busca do equilíbrio operacional, marco alcançado em dezembro de 2023 com o anúncio do break even.

“Hoje o produto mais recorrente no cotidiano das pessoas é o empréstimo pessoal que tem altas taxas de juros”, destaca Ana Whittaker. “Oferecemos a categoria empréstimo com garantia, que é pouco conhecida e considerada pelo mercado, mas mais saudável por se tratar de produtos que tem um comprometimento de renda menor e, consequentemente, com taxas de juros mais baixas”, diz.

Com o atual portfólio – que totaliza mais de R$ 6 bilhões – focado em crédito com garantia, seguros e investimentos, em 2024, a empresa combina o crescimento com sustentabilidade financeira, junto ao principal objetivo de continuar contribuindo para mercados financeiros acessíveis e justos. Para os próximos cinco anos, a Creditas estima um crescimento anual entre 30% e 35%.

A empresa atingiu, entre julho e setembro deste ano, R$517,4 milhões em performance financeira. O lucro bruto reportado também atingiu valor recorde de R$237,4 milhões, com margem de 45,9%, acima da faixa de 40% a 45%.