Começa a consolidação dos apps de mobilidade
Fusão entre Cabify e Easy faz frente à concorrência do Uber e 99 em um momento importante do setor
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Luiz Gustavo Pacete
22 de junho de 2017 - 23h17
A esperada fusão entre a espanhola Cabify e o aplicativo braseiro Easy, anteriormente conhecido como Easy Táxi, foi confirmada nesta quinta-feira 22. Em entrevista à Bloomberg, Juan de Antonio, presidente da Cabify, disse que a aproximação das empresas está relacionada à afinidade de metas e o objetivo em comum de ganhar espaço em um mercado estratégico.
O negócio ocorre em um momento acirrado para o mercado de mobilidade urbana no Brasil. Em maio, a concorrente 99 recebeu um aporte histórico de US$ 200 milhões com o fundo chinês Chuxing e o japonês Softbank. Recentemente, em abril, a Cabify já havia anunciado um investimento de US$ 200 milhões no Brasil.
Em janeiro, a Uber investiu R$ 200 milhões para ampliar sua central de atendimento e fazer frente ao aumento de suas reclamações. A Cabify começou a operar no Brasil em junho do ano passado. Na ocasião, em entrevista ao Meio e Mensagem, Daniel Velasco Bedoya, head da Cabify no Brasil, afirmou que sua expansão seria gradual. “Nos assemelhamos ao Uber em vários pontos, mas o mercado tem espaço para mais players”, afirmou.
A Easy iniciou seu negócio focada em táxi no ano de 2011 e já levantou mais de R$ 256 milhões. Segundo Victor Azevedo, especialista digital do IBMEC, o mercado de mobilidade urbana ampliou sua atuação em geografia e volume.” Com o aumento das praças e na quantidade de prestadores de serviço a Uber se viu pressionada a investir em atendimento.” Ainda de acordo com Azevedo, serviços de economia colaborativa em um cenário de alta concorrência precisarão de uma dinâmica cada vez maior e muita inovação.
Procurada, a Cabify não comentou o assunto. A Easy confirmou as informações da matéria da Bloomberg e disse que não se pronunciaria no Brasil.
Crise de imagem na Uber
Toda essa movimentação ocorre em um momento delicado para a Uber do ponto de vista de imagem. Na quarta-feira, 21, Travis Kalanick, CEO da Uber, renunciou ao cargo. A decisão de Kalanick ocorreu após a pressão dos acionistas da empresa diante de uma série de escândalos e polêmicas de assédio e fraude em sua gestão.
Na semana passada, Kalanick já havia anunciado que se afastava do cargo por tempo indeterminado. Em comunicado enviado aos funcionários da Uber ele afirmou que, como justificativa para o afastamento, precisava de um tempo para se recuperar após a morte da mãe.
Outras questões da companhia também pesam no afastamento de Kalanick. A crise de imagem que a Uber enfrenta – por conta de denúncias de assédio sexual e também de problemas administrativos enfrentados pela companhia – já vinham abalando a estabilidade de Kalanick e os conselheiros da empresa vinham estudando algumas medidas.
Acionistas pressionam e CEO da Uber renuncia
Na semana retrasada, a Uber já vinha realizando movimentações importantes em seu board. A companhia anunciou a contratação de Bozoma Saint John, que ocupará o recém-criado posto de chief brand officer. A executiva foi, pelos últimos três anos, head global de consumo da Apple Music.
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