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Como os brasileiros encaram o impacto ambiental do fast fashion

Pesquisa guiada pela YouGov Profiles revelou que mais de metade dos brasileiros percebem o impacto ambiental causado por essas indústrias


11 de abril de 2025 - 14h04

fast fashion ambiente

(Crédito: Shutterstock)

O fast fashion é um modelo de produção têxtil que surgiu por volta dos anos 1990 e consiste na produção de peças de vestuário em larga escala, de maneira rápida e barata. Essa forma de produção surgiu, principalmente, para tentar acompanhar as mudanças constantes das tendências que regem o mercado de moda.

Apesar de parecerem benéficos, esses cronogramas de produção extremamente rápidos dão vazão para uma onda de consumismo e desperdício exacerbados, que tem impactos seríssimos para o meio ambiente.

De acordo com o relatório Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a indústria da moda é responsável por cerca de 10% das emissões globais de carbono, o que é mais do que o transporte marítimo e aéreo juntos.

Além disso, para manter os custos de produção mais baixos, as peças geralmente são confeccionadas em poliéster — uma fibra sintética derivada do petróleo, recurso não renovável. Os impactos ambientais desse material vão desde sua fabricação até o descarte, já que, segundo o Greenpeace, ele pode levar cerca de 200 anos para se decompor na natureza.

Moda e sustentabilidade no Brasil

Pensando nisso, a YouGov Profiles guiou uma pesquisa com mais de 70 mil brasileiros, que estuda a relação entre moda e sustentabilidade no país. Embora seja um debate cada vez mais presente na vida dos brasileiros, ainda é cercado de muitas contradições.

A pesquisa revelou que 51% dos entrevistados brasileiros acreditam que a indústria de fast fashion ignora o impacto ambiental de suas práticas; porém apenas 26% dos respondentes afirmam comprar roupas exclusivamente de marcas sustentáveis.

Isso mostra que, apesar de a responsabilidade sustentável ser um tema em ascensão, ainda não é forte o suficiente para que as pessoas decidam fazer algo a respeito. A

YouGov divulgou ainda que 37% dos entrevistados se mantêm neutros quanto à responsabilidade ambiental do fast fashion, enquanto 33% discordam da ideia de priorizar marcas sustentáveis e 40% não se posicionam.

Entretanto, outro dado relevante observado foi o grau de influência: 42% dos respondentes afirmam que figuras públicas e influenciadores de moda exercem um papel fundamental na formação da opinião pública, sendo agentes-chave para promover uma transição mais orgânica e eficaz rumo a práticas de produção ambientalmente sustentáveis.

“Um público mais consciente, mais seletivo e cada vez mais informado pode migrar para alternativas mais alinhadas aos seus valores, e é aí que está a oportunidade para as marcas se diferenciarem com propostas verdadeiramente sustentáveis e transparentes”, afirma David Eastman, diretor-geral e comercial da YouGov na América Latina.

Os resultados divulgados pela YouGov Profiles revelam que, apesar da força que o fast fashion ganhou desde sua popularização na pandemia, a população brasileira está cada vez mais consciente sobre os impactos negativos gerados no meio ambiente. Isso abre um leque de oportunidades para que as marcas que defendem uma produção mais sustentável ganhem espaço e credibilidade no mercado.

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