Como reduzir riscos na relação com youtubers
Os cuidados a serem tomados por marcas e agências em situações similares a do sueco Felix Kjellberg, do canal PewDiePie
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Luiz Gustavo Pacete
16 de fevereiro de 2017 - 9h20
Na última segunda-feira, 13, o sueco Felix Kjellberg, maior youtuber do mundo, responsável pelo canal PewDiePie, com 53 milhões de inscrições, entrou em uma polêmica ao publicar um vídeo considerado antissemita. O tema veio à tona após o Wall Street Journal publicar uma matéria citando o vídeo em que Felix mostra um homem vestido de Jesus dizendo que “Hitler não fez nada errado”, enquanto outro vídeo mostra dois homens, pagos por PewDiePie, segurando um cartaz que diz “Morte a todos os Judeus”.
Diante da repercussão, a Maker Studios, de propriedade da Disney e parceira de Felix desde 2012, anunciou a rescisão do contrato alegando que considerou o teor dos vídeos inadequado. “Embora Felix tenha criado uma base de seguidores por ser provocador e irreverente, claramente foi muito longe neste caso e os vídeos resultantes são inadequados”, disse a porta-voz da empresa. Posteriormente, o Google também anunciou o fim das relações com o youtuber.
Apesar de ser pontual, o tema ilustra um dos desafios de as marcas trabalharem com pessoas físicas, sobretudo, diante do crescimento no uso de influenciadores em ações de marcas. “É importante que as marcas conheçam muito bem seus influenciadores. Levantem o histórico e eventuais confusões na quais já se envolveu. Se for o caso de compromissos maiores, coloquem o departamento de recursos humanos para conversar e ajudar a entender se aquele perfil faz sentido”, observa Wagner Martins, sócio e diretor de planejamento da agência 301.
“É importante que as marcas conheçam muito bem seus influenciadores. Levantem o histórico e eventuais confusões na quais já se envolveu”
Renata Longhi, diretora de conteúdo da F.biz, explica que toda a situação envolvendo Felix e seu parceiro depõe contra a ausência de um trabalho não organizado e um influenciador mal assessorado. “É claro que muitos influenciadores acabam ganhando visibilidade por ter uma linguagem sem filtro, porém, essa postura precisa ser ponderada, principalmente quando você tem marcas envolvidas”, diz Renata. Ela explica, no entanto, que esse risco não está restrito a influenciadores, ele envolve qualquer outro garoto-propaganda. “Esse caso é extremo, mas em outras situações, youtubers mais jovens acabam cometendo deslizes que até podem ser utilizados pelas marcas como forma de mostrar apoio e orientação”, diz Renata.
Na visão de Thais Mara, gerente de influência da Mutato, existem limites, o fato de um influenciador ser autêntico ou polêmico não pode ser desculpa para permitir determinados comportamentos. “É muito importante que antes de contratar um influenciador a marca, de fato, vasculhe e identifique o que são pontos de risco. Se ele alguma vez tuitou algo polêmico, será que isso não pode vir à tona?.”
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