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Confiança no Brasil não aumenta

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Confiança no Brasil não aumenta

Estudo mostra que o País vive hoje uma crise de liderança, onde as pessoas comuns têm mais credibilidade do que acadêmicos e especialistas


6 de abril de 2013 - 2h15

O Brasil permanece em 12º lugar no ranking global de confiança elaborado há 13 anos pela agência de relações públicas Edelman. O resultado aponta para uma crise de liderança no País. “O que uma pessoa comum indica tem mais credibilidade do que quando se ouvem análises de acadêmicos e de especialistas”, comenta Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman, durante a apresentação do Estudo de Confiança – Trust Barometer, realizada na manhã desta quarta-feira 6, na unidade da ESPM da Vila Mariana, bairro da região Sul de São Paulo. Após a divulgação dos dados, o evento foi seguido por um debate com a presença de Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos e diretor-executivo do Uniethos, Paulo Marinho, superintendente de comunicação corporativa do Itaú Unibanco, Rodrigo Cintra, coordenador de relações internacionais da ESPM, e Wladimir Gramacho, assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM).

Mundialmente, as fontes mais críveis são justamente os acadêmicos (69%), os especialistas (67%) e as pessoas comuns (61%). No distorcido cenário brasileiro, as pessoas comuns ficam com uma fatia de 80%. Os especialistas somam 74% e os acadêmicos atraem 70% da confiança dos brasileiros. Engajamento, integridade, qualidade de produtos e serviço, postura social e capacidade operacional são os componentes listados pela Edelman para a construção da confiança. “O desafio do Brasil está ligado à ética, relacionamento e às causas abraçadas pelas empresas. Estes são os principais indicadores que devem ser levados em consideração hoje pelos gestores da comunicação”, alerta Sarkovas.

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China é o País mais confiável do mundo

O índice de confiança no Brasil atingiu o índice de 55%, mesmo patamar alcançado em 2012, quando o País já havia perdido a liderança para a China. Motor da economia mundial, a Nação governada por Xi Jinping também neste ano se mantém no topo do levantamento, com um percentual de 80%, seguida por Cingapura (76%), Índia (71%) e México (68%).

Das quatro áreas analisadas pelo estudo, a mídia apresentou a melhor avaliação (66%) no Brasil, pulando do segundo lugar em 2012 para a primeira posição neste ano. A ascensão foi puxada pelos meios tradicionais, com 67% de confiança. Em seguida, estão as mídias on-line (68%), veículos híbridos (51%), redes sociais (53%) e meios institucionais (53%). Já o setor empresarial (64%), caiu no primeiro lugar em 2013 para a segunda colocação na pesquisa atual. A área da indústria mais confiável é a de tecnologia (80%). Os mercados de bebidas e alimentos, farmacêutico e de energia vêm na sequência com indicadores de 77%, 73% e 71% respectivamente. Em último lugar estão os bancos, com 52% de confiança.

As posições seguintes não sofreram alterações com relação ao estudo de 2012, ficando as ONGs (59%) em terceiro lugar e o governo (33%) na quarta e última colocação. A corrupção, citada por 77% dos participantes, além da incompetência (13%) estão entre os principais fatores elencados pelos entrevistados para colocar o governo como a instituição com menos credibilidade não só no Brasil, como em todo o mundo. Globalmente, o Trust Barometer tem a seguinte distribuição: ONGs (63%), empresas (58%), mídia (57%) e governo (48%).

Realizado entre outubro e novembro de 2012, o levantamento soma 31 mil entrevistas em 26 países. A amostra foi dividida entre dois grupos. O primeiro é composto pela população em geral, totalizando mil participantes por país. O segundo grupo integra cerca de 500 pessoas nos Estados Unidos e na China, além de outros 200 participantes vindos de outros países, com idades entre 25 e 64 anos, formação superior e amplo acesso à informação. Além do Brasil, a Argentina e o México são os únicos representantes da América Latina no estudo.

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