Consumo domiciliar sinaliza melhora
Promoções ganham importância, segundo Kantar Worldpanel
Promoções ganham importância, segundo Kantar Worldpanel
Roseani Rocha
6 de dezembro de 2016 - 13h01
O consumo domiciliar das famílias teve um ligeiro reaquecimento no terceiro trimestre. A informação é da pesquisa Consumer Insights, realizada pela Kantar Worldpanel. A quantidade de unidades compradas saiu de 100 para 102, alta de 3,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Houve também uma variação positiva em valor deflacionado pelo segundo trimestre consecutivo (4,5%), interrompendo uma sequência de quedas.
Segundo os organizadores, as classes mais altas impulsionaram as compras, com crescimento principalmente das cestas de alimentos e limpeza. A frequência de visitas ao PDV teve alta de 4,3% nos extratos A/B1, de 2,7%, na C1 e de 1,2% na B2. Já nas classes mais baixas, a vida segue mais difícil. Para estas, que ainda têm segurado os gastos, a frequência de consumo teve variação negativa de 3,7%.
O estudo avalia ainda as variações regionais. As regiões Norte/Nordeste, Grande São Paulo e Sul impulsionaram o consumo. No entanto, no Nordeste houve uma queda acentuada de frequência (-6,5%) e aumento nas unidades adquiridas por viagem (5,4%). Na Grande São Paulo o movimento é justamente o contrário: alta de 8,1% na frequência e queda de 2,6% nas unidades adquiridas por viagem.
O consumidor está mais em busca de promoção e isso tem influenciado a frequência de compras; 55,5% dos lares, ou 25,8 milhões de domicílios, aumentaram as idas ao PDV. No total, são mais de cinco viagens, sendo que em três delas as pessoas adquirem itens em promoção. Quanto aos canais, o atacarejo continua se destacando.
De modo geral, 55% dos domicílios do País aumentaram o consumo no terceiro trimestre, principalmente, representado por donas de casa das classes A e B, com até 39 anos de idade que vivem em casas menores de centros urbanos no Nordeste e Grande São Paulo. Já as famílias com donas de casa mais maduras, no leste e interior do Rio de Janeiro e Grande Rio, em lares com dois a três filhos e da classe C passaram a comprar menos.
Por fim, o estudo aponta que entre os que aumentaram o consumo, itens de higiene e beleza ficaram em segundo plano, já que a prioridade foi a alimentação. Os que diminuíram as compras também priorizaram alimentação, mas demonstraram resistência a abandonar outras categorias de produtos.
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