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Criadores de música e audiovisual perderão R$ 116 bi para IA até 2028

Mercado de conteúdos musicais e de audiovisual gerados por IA crescerá exponencialmente em cinco anos, revela pesquisa encomendada pela CISAC


4 de dezembro de 2024 - 16h24

Enquanto receitas de provedores de inteligência artificial (IA) generativa devem crescer radicalmente até 2028, criadores de música e audiovisual podem perder 24% e 21% de suas receitas no mesmo período. Isso equivale a $ 116,82 bilhões, sendo R$ 53,10 bilhões na música e R$ 63,72 bilhões no audiovisual.

Esse dado é fruto do primeiro estudo global de impacto econômico da IA nos setores de música e audiovisual, encomendado pela Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (CISAC) – que representa mais de 5 milhões de criadores –, e conduzido pela empresa de dados PMP Strategy.

música IA

Mercado de conteúdos musicais e de audiovisual gerados por IA crescerá exponencialmente em cinco anos (Crédito: Studio/Shutterstock)

O levantamento ainda mostra que o mercado de conteúdos musicais e de audiovisual gerados por IA crescerá exponencialmente em cinco anos, indo de R$ 15,93 bilhões, atualmente, para R$ 339,84 bilhões em 2028.

Além disso, a pesquisa indica que, em 2028, a música gerada por IA represente aproximadamente 20% das receitas de plataformas tradicionais de streaming de música e cerca de 60% das receitas de bibliotecas musicais. Na música, as receitas futuras de provedores de IA generativa crescerão para R$ 21,24 bilhões anuais até 2028, frente a R$ 0,53 bilhão, em 2023.

Já no audiovisual, o estudo estima que tradutores, dubladores e legendadores serão os mais afetados pela tecnologia, com 56% de suas receitas em risco, enquanto roteiristas e diretores poderão perder entre 15% e 20% de suas receitas. No audiovisual, as receitas vindas de IA generativa aumentarão para R$ 26,55 bilhões frente a R$ 1,06 bilhão até 2028.

Essas receitas são derivadas diretamente da reprodução não licenciada de obras de criadores. Logo, de acordo com a pesquisa, isso representará uma transferência de valor econômico dos criadores para empresas de IA.

O estudo conclui que, neste cenário futuro, os criadores sofrerão em duas frentes: perda de receitas devido ao uso não autorizado de suas obras por modelos de IA generativa, sem remuneração; e substituição de suas fontes de receita tradicionais pelo efeito de substituição de outputs gerados por IA, competindo com obras feitas por humanos.

Em nota, Björn Ulvaeus, presidente da CISAC, afirmou ser crucial proteger os direitos dos criadores e desenvolver um ambiente de IA que valorize a criatividade e a cultura humanas.

Metodologia

Para chegar nesses resultados, o levantamento combina pesquisas qualitativas e quantitativas, com estudos de caso de aplicações de IA generativa para identificar as áreas de maior impacto e convertê-las em estimativas sobre a penetração de mercado dos serviços de IA generativa e as perdas de receita para os criadores. Além disso, o estudo fornece estimativas de receitas de ferramentas e serviços de IA generativa que podem servir como base para calcular esquemas de remuneração para os criadores.

Os números históricos e as projeções são baseados em dados de mercado, benchmarks relevantes e extensas entrevistas com especialistas do setor: organizações de gestão coletiva (CMOs), criadores, empresas de tecnologia, produtores, editoras, plataformas digitais (DSPs), agentes institucionais representativos dessas indústrias e instituições públicas.

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