Tendências do marketing de influência para 2020
Estudo realizado pela Squid destaca a criação de comunidades, o poder das cocriações e dos stories, e uso dos dados como elementos valiosos no mercado
Tendências do marketing de influência para 2020
BuscarTendências do marketing de influência para 2020
BuscarEstudo realizado pela Squid destaca a criação de comunidades, o poder das cocriações e dos stories, e uso dos dados como elementos valiosos no mercado
Nesta semana a Squid, empresa especializada em marketing de influência, divulgou um estudo que traz dez tendências deste mercado para 2020. Entre os destaques está o desafio das marcas em se envolver de forma legítima com os influenciadores e com a comunidade, o poder de cocriação de produtos, a força dos Stories do Instagram como forma de comunicação entre influenciador e consumidor, e o uso da tecnologia para aprimorar as métricas nas redes sociais.
1. Jovens como impulsionadores de mudanças culturais
Segundo o estudo “Youth Culture: Power in progress” da Viacom, feito com pessoas de 13 a 25 anos, 61% dos jovens acreditam que têm mais habilidade em afetar o mundo de forma positiva do que as gerações anteriores. Além disso, 89% dizem que a tecnologia será o poder do futuro, 78% acreditam que será a influência social e 74% a colaboração.
2. Pessoas reais se conectam com histórias reais
Essa mesma pesquisa da Viacom mostrou que 62% dos jovens acreditam que o ambiente digital ajuda as pessoas a se engajarem com outras que compartilham os mesmos valores. Dessa forma, os consumidores passaram a querer se ver representados e as relações de trocas sociais se tornaram mais importantes. Com isso, eles recorreram às redes sociais para se expressarem e interagirem de forma mais direta com as grandes instituições.
3. Identificação = propósito e engajamento = conversas
Os consumidores atuais estão cada vez mais exigentes e buscando conexões reais, como avaliado no tópico anterior. Com isso, eles também estão cada vez mais interessados em saber qual é o valor e o propósito da marca. Com cada vez mais comunidades de unindo em torno de causas que julgam importantes para a sociedade, o novo desafio das marcas é entrar na conversa de forma legítima para poder se aproximar de seu público de maneira verdadeira.
4. Muita informação. Pouco tempo
Para conseguir participar dessas conversas de forma legítima, as marcas começam a recorrer a ajuda dos influenciadores. Por entenderam a cultura de onde estão inseridos, eles conseguem criar conteúdos e histórias que engajem o público da marca de forma verdadeira. Ou seja, hoje em dia, o marketing é muito mais sobre contar e gerar conversas positivas do que sobre promover marcas.
5. Nicho e comunidade valem seu peso em outro
Atualmente, não faz mais sentido para as marcas atingir a massa e sim o nicho, ou seja, a indústria precisa entender que hoje em dia é preciso falar com pessoas, fazer parte de um comunidade e gerar valor para os membros desta comunidade. A construção da reputação da marcas está cada vez mais ligada com essa interação com as comunidades e com a capacidade de gerar conversas positivas, logo, os criadores de conteúdo são os conectores entre as marcas e as pessoas. Dessa forma, é importante as empresas não se apegarem somente aos seus números de seguidores, likes e views, que são chamados de métricas de vaidade.
6. Tecnologia e dados: melhores amigos da criatividade
Conforme dito no tópico anterior, as marcas têm que expandir sua ideia sobre o que e quais são as métricas de sucesso. Analisar a programação neurolinguística dos seguidores e dos influenciadores, pode auxiliar a metrificar a espontaneidade e qualidade de um comentário ou ainda uma reação nas redes sociais. Essa tendência revela que é cada vez mais importante usar a inteligência artificial para aprimorar a gestão de campanhas e para analisar o comportamento dos usuários na internet. Apesar da tecnologia ser muito relevante, nada substitui o contato humano. Dessa forma, é fundamental o olhar de um especialista na verificação dos dados para elaborar melhores estratégias.
7. O poder da co-criação
Além de quererem se sentir representados nas campanhas e ações das marcas, os consumidores formados pela geração Z querem ir além da personalização dos produtos, querem contribuir de fato com o processo de criação do produtos que irão comprar.
8. Better, faster, cheaper
Por estarem intrinsecamente ligados ao ambiente digital, os criadores de conteúdo entenderam bem antes das companhias, o efeito líquido do conteúdo digital. As redes sociais exigem narrativas culturais produzidas rapidamente e pautadas no feedback quase que instantâneo das comunidades. Dessa forma, tanto influenciadores quanto marcas podem ter dados rápidos sobre a recepção e percepção de ideias do mercado.
9. Stories sem fim
O Instagram Stories cresceu 21% desde março de 2018, de acordo com levantamento recente da Socialbakers. Este formato de conteúdo, onde é possível utilizar stickers, pesquisas, quizzes, músicas e muitos outros recursos, está atraindo os influenciadores que querem se relacionar de maneira mais pessoal com sua comunidade. Esta característica informal dos stories que aproxima as pessoas dos criadores de conteúdo é a mesma que faz com que este formato seja uma ótima forma de colocar um produto ou serviço dentro do contexto real do consumidor. Em julho, a Squid realizou um estudo que mostrou que 74% dos stories publicados são vídeos e que esses stories têm uma taxa de tap foward (passar para o próximo) menor do que as imagens. Logo, isso revela que o vídeo curto é uma ferramenta interessante para engajar o público.
Base menor gera mais engajamento nos Stories
Por fim, é fundamental para o mercado olhar para o tema de saúde mental e positividade na internet. Outra pesquisa da Squid, realizada com cerca de 2.400 influenciadores, apontou que 78% eles dizem que já se sentiram ansiosos por conta das redes sociais, sendo que este número sobe para 84% entre os jovens de 18 a 24 anos. Além disso, o estudo mostrou que 88% dos influenciadores admitem que se sentem ansiosos com o desempenho daquilo que publicam, visto que o número cresce novamente entre os jovens de 18 a 24 anos, chegando a 93%.
Os novos criadores de conteúdo, que trabalham com muita exposição e com a pressão de ter que lidar com a expectativa e reação da audiência, estão sendo incentivados a buscar plataformas menos dependentes de algoritmos, além de novas formas de medir a qualidade e impacto de seu conteúdo que não estejam ligadas as métricas de vaidade. Com isso, o levantamento da Squid revelou que 93% dos influenciadores acreditam que o Instagram é uma rede social que permite a construção de uma rede de apoio e 82% disseram que esta rede lhe permitiu criar conexões com outras pessoas que lhe ajudaram a superar algum problema.
**Crédito da imagem no topo: Gearstd/iStock
Compartilhe
Veja também
Multiverso Experience: como é a nova exposição em homenagem a Pelé
Iniciativa conta a história do Rei do Futebol, além de trazer itens pessoais do jogador
Rebranding da Jaguar divide opiniões entre o público
A marca de automóveis britânica diz que seu novo visual é uma "celebração do modernismo", mas os críticos apontam o contrário