Digio define games como estratégia para 2021
Loreta Caporrino, head de Marketing e Comunicação da fintech, fala sobre as ações envolvendo a indústria de jogos neste ano
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Luiz Gustavo Pacete
8 de janeiro de 2021 - 6h00
O banco digital Digio, que possui uma parcela considerável de clientes jovens e conectados ao universo dos games, vai ampliar sua participação como marca no cenário em 2021. De acordo com Loreta Caporrino, head de Marketing e Comunicação da fintech, o objetivo é construir um caminho para se tornar uma marca endêmica, ou seja, que ofereça soluções, de fato para os gamers. No caso de um banco, isso é possível por meio de condições e formas de os gamers utilizarem o cartão na compra de acessórios e no acesso aos games digitais. Ao Meio & Mensagem, Loreta fala sobre os aprendizados e a estratégia definida para esse ano.
Meio & Mensagem – O que levou o Digio a compreender a importância deste segmento?
Loreta Caporrino – A cultura digital é extremamente forte nos gamers. Identificamos esse e outros pontos em comum (idade, hábitos de consumo, busca por soluções digitais sem enrolação e outros) e entendemos que nosso público-alvo está imerso nesse universo. Começamos então a construir uma relação há mais de um ano. Em novembro de 2019, anunciamos o patrocínio da arena On e-Stadium e buscávamos estar junto de toda a comunidade gamer por meio de várias ativações, inclusive presenciais. Diante da pandemia, diversas iniciativas precisaram ser revistas ou repriorizadas e campeonatos online ocorreram como o Counter Strike Global Offensive. Em julho, patrocinamos o primeiro campeonato de TFT (Teamfight Tatics. Em setembro, também fizemos uma semana de lives com gamers. No mês seguinte, foi a vez de estarmos no Magic The Gatering Online – On Draw. Já em novembro dezenas de pessoas jogaram Free Fire com a equipe de eSports do Flamengo, equipe parceira da arena On e-Stadium.
M&M – Várias outras fintechs já vêm investindo neste segmento, como se diferenciar? Pode especificar os projetos abaixo mencionados?
Loreta – Em 2020, o brasileiro buscou mais sobre games do que futebol, apresentando um crescimento de 3.150% nas buscas dentro da própria categoria. É natural que muitas empresas observem o público gamer e os e-sports, que acelerou fortemente sua presença nos últimos três anos. Nossa relação com os gamers, influencers e atletas de jogos eletrônicos não é recente e tem se intensificado ao longo do tempo. Para se diferenciar, além das estratégias de disseminação como patrocínios e conteúdo, o Digio entende que é necessário oferecer benefícios palpáveis e reais para os jogadores. Por isso, iremos anunciar algumas parcerias e produtos para esse público no ano de 2021. Em 2021, também vamos focar ainda mais nesse público ao produzir conteúdo para todos os canais digitais por meio de branded content, patrocínios, stories, posts, lives, ações promocionais e outros.
M&M – O público gamer é muito perceptível a marcas que se aproveitam, qual o cuidado para que isso não ocorra e que eles realmente enxerguem valor na ação da marca?
Loreta – Nós entendemos que, na verdade, nenhum público gosta de marcas que se aproveitam de um propósito ou de um nicho. É compreensível que as empresas queiram estar mais próximas esse mercado. O propósito é que o Digio seja uma marca endêmica e consciente do ponto de vista de marketing. Deve-se ter muito cuidado e responsabilidade, quando se decide se aproximar de um público e evitar realizar ações pontuais só porque um mercado começou a crescer e se mostra promissor. O ano de 2020 nos gerou diversos insights com esse público, que possui características específicas, inclusive entre eles. É muito provável que os jogadores de FPS, MOBA, RPG, MMO rechacem conteúdos que não têm aderência às categorias dos seus tipos de jogos favoritos, por exemplo. A troca com os influencers também é extremamente rica porque nos trouxe uma outra visão sobre como há o consumo dessas mídias, como produzem e há ainda os termos que vamos aprendendo com o tempo como Flickshot, GG (Good Game).
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